Procuradoria vai investigar perigo de agrotóxicos encontrados na água de SP
Assinado pela pesquisadora Monica Lopes Ferreira, o estudo atestou a nocividade das substâncias abamectina, acefato, alfacipermetrina, bendiocarb, carbofurano, diazinon, etofenprox, glifosato, malathion e piripoxifem.
A procuradora regional da República, Sandra Kishi, atendeu a uma solicitação do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam). Ela afirmou que "diante das importantes conclusões técnico-científicas, medidas proativas de integridade serão providenciadas".
Segundo o presidente do Proam, Carlos Bocuhy, a PR convocou uma reunião com especialistas para a próxima terça-feira, 22, para discutir os "encaminhamentos necessários" que serão dados ao estudo. Bocuhy ressaltou ao Broadcas, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que um dos pontos a serem debatidos será a eficácia do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), criado para centralizar dados sobre a água. "O Ministério da Saúde não tem feito o controle necessário nem coletado dados de todos os Estados, municípios e empresas. Nossa preocupação é transformar essas informações em políticas públicas pela melhoria da água", afirmou.
Os dados do Ministério da Saúde revelaram que pelo menos 1.396 municípios têm abastecimento de água com a presença de agrotóxicos. Entre os Estados com mais contaminação, estão São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, Mato Grosso e Rio de Janeiro. Dos 27 pesticidas encontrados, pelo menos 11 estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas.
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