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Presidente do Fed de St. Louis quer juro menor diante de riscos

Steve Matthews, Liz McCormick e Paul Gordon

15/10/2019 12h48

(Bloomberg) -- James Bullard, presidente do Federal Reserve de St. Louis, disse que os membros do Fed deveriam considerar uma nova redução das taxas de juros para evitar ameaças à economia, como a disputa comercial EUA-China.

Embora sem querer prever o resultado da reunião deste mês, Bullard disse à Bloomberg Television que a inflação e as expectativas de inflação caíram e precisam voltar a girar em torno da meta de 2%.

"Temos que considerar um seguro adicional nas próximas reuniões", disse. "...Tenho enfatizado que enfrentamos alguns riscos negativos da guerra comercial e tentado incentivar o comitê a agir."

Bullard, que está entre os membros mais "dovish" do Comitê Federal de Mercado Aberto, disse que considera a atual postura de política monetária neutra para a economia e que esta pode se tornar "um pouco acomodativa em breve". Ele reconheceu que sua estimativa de nível neutro provavelmente é menor do que para outras pessoas.

As autoridades do Fed, que reduziram os juros nas duas últimas reuniões, agora debatem quando parar, segundo a ata da reunião anterior divulgada na semana passada.

Investidores apostam que o FOMC reduzirá os juros em 0,25 ponto percentual na próxima reunião de 29 e 30 de outubro, embora o presidente do Fed, Jerome Powell, não tenha dado um sinal firme de que irá agir.

Bullard foi a Londres para a conferência de política monetária e financeira da Bloomberg, realizada na terça-feira, onde afirmou em declarações preparadas que os riscos crescentes à expansão econômica podem dificultar o cumprimento da meta de inflação.

Ele tem argumentado há vários anos que o crescimento persistentemente mais fraco criou um regime de inflação baixa, onde juros menores são apropriados. A economia dos EUA está desacelerando este ano, assim como a atividade econômica global.

Na conferência, Bullard também disse que o comércio é uma "caixa de Pandora" muito difícil de resolver, e não um problema que pode ser corrigido pela política monetária.

Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net

Repórteres da matéria original: Steve Matthews Atlanta, smatthews@bloomberg.net;Liz McCormick New York, emccormick7@bloomberg.net;Paul Gordon Frankfurt, pgordon6@bloomberg.net

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