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Polícia nigeriana liberta 67 pessoas acorrentadas em "condições desumanas"

15/10/2019 09h02

Abuja, 15 out (EFE).- A polícia do estado de Katsina, no norte da Nigéria, libertou de um suposto centro islâmico na cidade de Daura, na fronteira com o Níger, 67 pessoas acorrentadas e submetidas a "condições desumanas".

O porta-voz da polícia de Katsina, Sanusi Buba, confirmou que "67 pessoas de 7 a 40 anos" tinham sido encontradas acorrentadas, enquanto mais de 200 tinham fugido.

"Os reclusos são mais de 300, mas devido ao tratamento sórdido e desumano ao qual são submetidos iniciaram um motim (no domingo). Alguns dos presos escaparam, mas cerca de 60 deles ficaram para trás", detalhou Buba em comunicado divulgado nesta segunda-feira.

O clérigo deste centro, de 78 anos, foi detido na segunda-feira junto a outros dois suspeitos, acusados de tortura e abuso sexual contra os presos, segundo fontes policiais.

"Os meus pais me trouxeram aqui porque acreditavam que me curaria do meu impulso de roubar coisas. Mas aqui nos prenderam, nos mataram de fome e nos submeteram a condições desumanas", detalhou Abubakar Saminu, de 16 anos, ao jornal "The Punch".

No dia 26 de setembro, a polícia nigeriana libertou 300 jovens e crianças - alguns com correntes nos tornozelos - de outra escola corânica no estado vizinho de Kaduna, onde supostamente foram torturados e abusados sexualmente. EFE

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