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Ataques contra curdos no norte da Síriam mataram pelo menos 14 civis neste domingo

13/10/2019 10h26

Pelo menos 14 civis foram mortos neste domingo (13) por bombardeios ou disparos de artilharia no norte da Síria. Entre as vítimas, cinco pessoas que estavam dirigindo por uma estrada perto de Ain Issa, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Os combates continuam entre as forças militares curdas e turcas e seus aliados sírios, que estão tentando conquistar setores fronteiriços, ainda segundo a ONG.

Desde o início da ofensiva na quarta-feira (9) contra a milícia síria curda, mais de 130.000 pessoas foram deslocadas pelo conflito, segundo a ONU, que alertou neste domingo sobre uma grave crise humanitária na área, com a possível fuga de até 400.000 pessoas.

A Turquia, que faz fronteira com a Síria, quer expulsar a milícia curda-síria das Unidades de Proteção Popular (YPG) dos setores de fronteira e estabelecer uma "zona de segurança" de 32 km de distância para separar sua fronteira das regiões curdas.

Prisões jihadistas

Os curdos, que na verdade têm uma região semiautônoma no norte da Síria, onde administram várias prisões jihadistas e campos de refugiados, alertaram neste domingo que parentes de membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) fugiram de um campo de deslocados.

Por outro lado, segundo o OSDH, perto de Tal Abyad, "violentos combates" acontecem na cidade de Suluk, onde as forças turcas e seus aliados rebeldes sírios conquistaram vários setores.

Os arredores também foram bombardeados por aviões turcos. Em outra frente, em Ras al Ain, as forças curdas fizeram recuar os militares turcos, segundo o OSDH.

Durante a noite de sábado a domingo, 17 combatentes foram mortos em Ras Al Ain, assim como quatro combatentes das Forças Democráticas da Síria (SDS, milícia árabe-curda), segundo a mesma fonte.

O balanço mais recente dessa ONG fala de 85 combatentes curdos e 38 civis mortos, desde quarta-feira.

No sábado, Ancara anunciou que havia conquistado Ras al Ain, mas o SDS e o OSDH o negaram isso.

Apoiados pelo Ocidente, especialmente pelos Estados Unidos, as SDS foram a ponta de lança contra o grupo jihadista Estado Islâmico, derrotado em março, quando perdeu seu último reduto na Síria.

A operação turca contra os sírios curdos recebeu críticas maciças nos países ocidentais e gerou inúmeras manifestações no sábado.

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