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Desempenho do IR foi extraordinário e supera efeito do varejo, diz Receita

Placa do prédio da Receita Federal em Brasília - Sergio Lima/Folhapress
Placa do prédio da Receita Federal em Brasília Imagem: Sergio Lima/Folhapress

Eduardo Rodrigues e Aline Bronzati

Brasília

24/09/2019 15h58

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, avaliou nesta terça-feira, 24, que o crescimento real de 5,67% na arrecadação federal de agosto ante o mesmo mês de 2018 se deveu ao desempenho "extraordinário" no Imposto de Renda de empresas, superando inclusive o bom resultado das vendas no varejo.

Ele destacou a arrecadação atípica do Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de R$ 5,2 bilhões em agosto, decorrente de reorganizações societárias no mês passado. Em julho, esse movimento já havia reforçado a arrecadação em R$ 3,2 bilhões.

"A Receita classifica esses valores como arrecadação atípica, porque reorganizações societárias não são movimentos previsíveis. A alta na arrecadação decorrente do ganho de capital nessas operações é pontual, e não sabemos se irá se repetir", avaliou Malaquias. "Esses valores estão ligados a companhias estatais, mas há também empresas privadas. O movimento de reorganização societária é normal em meio à recuperação econômica", completou.

Segundo Malaquias, o crescimento nas vendas do setor de varejo impactou fortemente o recolhimento de impostos em agosto. "Todos os tributos que incidem sobre o consumo tiveram alta de arrecadação, não apenas nas vendas de bens, como também no setor de serviços", afirmou.

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