Bandidos roubam mais de três toneladas de explosivos em Minas Gerais

Mais de 3 toneladas de explosivos foram roubadas ontem em Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte. O crime aconteceu na BR-381, no final da manhã. A carga só foi encontrada à noite, no meio do mato, no alto de uma montanha em Sabará (MG).

Há duas versões sobre como os assaltantes agiram. Uma da Polícia Militar e outra da Polícia Rodoviária Federal, segundo relatos do motorista do veículo. De acordo com a PM, que registrou o caso primeiro, a carga de explosivos foi retirada da IBQ Indústrias Químicas, na zona rural de Sabará, na mesma região, para ser levada ao Espírito Santo. No trajeto, quando passava pelo trevo da rodovia federal, em Caeté, o caminhão foi interceptado por quatro criminosos, segundo o registro do B.O. Dois estavam em uma moto e outros dois em um carro sem placa.

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Depois de levarem a vítima e o caminhão até um distrito de Sabará, cidade próxima, os ladrões fizeram o transbordo da carga, num total de 3,1 mil quilos de explosivos de demolição, para o veículo que utilizavam.

No boletim de ocorrência, consta que eles retornaram para Caeté, local do roubo, e abandonaram o motorista no bairro Roças Novas. Ainda segundo a PM, o caminhão com os explosivos não possuía escolta armada e dispositivo de rastreamento. A polícia não informou se mesmo tendo feito o transbordo, o caminhão foi levado pelos criminosos.

A PRF, porém, registrou informações diferentes. Segundo a corporação, o motorista foi até o posto em Sabará com a PM e disse ter sido assaltado por dois homens em uma moto. Os ladrões o teriam obrigado a pegar vias laterais à rodovia, roubaram o celular dele e o abandonaram na mesma cidade informada no registro da PM, na zona rural, porém, sem especificar o nome do local. Em seguida, fugiram com a carga.

A indústria que consta no B.O da PM pertence a um grupo chamado Enaex Britanite, fabricante de explosivos. No Brasil, o conglomerado possui unidades nos estados do Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e no Paraná.

No site oficial, a empresa informa ser a "principal fornecedora de serviços de fragmentação de rocha para projetos de mineração no Chile e na América Latina", e que, no Brasil, alcançou a liderança do mercado ao adquirir a IBQ Indústrias Químicas. Os explosivos roubados hoje, segundo a PM, estavam em uma das unidades da IBQ.

A reportagem ligou para a sede, no Paraná, e para a unidade em Minas, mas não obteve retorno.