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Resultados finais das eleições em Israel confirmam bloqueio político

20/09/2019 07h52

Jerusalém, 20 set (EFE).- Os resultados finais das eleições da última terça-feira em Israel, mesmo faltando algumas validações, confirmam o bloqueio político no país, sem maiorias parlamentares dos dois grandes blocos, e que o Likud, de Benjamin Netanyahu, deixa de ser o partido mais votado.

O Comitê Eleitoral Central israelense publicou nesta sexta a primeira recontagem final, que não será definitiva até que seja apresentada ao presidente Reuven Rivlin, na próxima quarta-feira, mas sobre as quais mudanças substanciais não são esperadas e que corrobora que a coalizão centrista Azul e Branco, de Benny Gantz, é a primeira força parlamentar com 33 das 120 cadeiras, duas a mais que o Likud.

A participação final alcançou 69,72% (4,4 milhões dos 6,3 convocados para votação), 1,8% a mais que no pleito do mês de abril.

O Azul e Branco supera o direitista Likud em 37 mil votos, que perdeu mais de 28 mil votos em comparação com as eleições de abril.

A Lista Unida, que agrupa os partidos árabes, se consolida como a terceira força com 10,62% dos votos e consegue 13 assentos no Parlamento.

Atrás fica o partido ultra-ortodoxo Shas, com 7,44% dos votos (9 assentos), o direitista Israel Nosso Lar, com 6,99% (8 cadeiras) e o Judaísmo Unido pela Torá com 6,06%.

Nos últimos lugares estão a coalizão de partidos de direita e extrema-direita Yamina, com 5,88% (7 assentos), o Trabalhismo-Guesher, da aliança entre o histórico partido Trabalhista com 4,80% (6 cadeiras) e o esquerdista União Democrática com 4,34% (5).

O partido Poder Judeu, considerado racista, não conseguiu superar os 3,25% necessários para entrar na Knesset (Parlamento).

Em Jerusalém, o Likud conquistou 23% dos votos (2% a menos que em abril) e deixou de ser o partido mais votado, abaixo do Judaísmo Unido pela Torá, com 25%.

Já em outro grande centro urbano, Tel Aviv, o Azul e Branco perdeu cerca de três pontos (de 46% para 43%), enquanto Israel Nosso Lar aumentou até 4%, em comparação com o apenas 1% obtido nas últimas eleições.

O Comitê Eleitoral não inclui nesta contagem os votos de 14 centros que estão sendo investigados e várias urnas revisadas por irregularidades, por isso que o resultado final não será anunciado até a próxima quarta-feira. EFE

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