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Manifestantes levantam a voz contra violência machista na Espanha

20/09/2019 20h07

Madri, 20 Set 2019 (AFP) - Várias manifestações ocorreram nesta sexta-feira à noite em Madri e em outras cidades espanholas para denunciar a violência machista e as agressões sexuais contra as mulheres, em um clamor por medidas mais estritas.

Desafiando a chuva, milhares de manifestantes, em sua maioria mulheres, se concentraram na cêntrica praça Puerta del Sol em Madri, em uma convocatória organizada por movimentos feministas.

"Estão nos assassinando", "não existe justificativa" e "a vida das mulheres importa", foram alguns dos gritos das manifestantes que seguravam velas ou utilizavam a lanterna de seus telefones celulares para homenagear as vítimas.

Concentrações similares ocorreram em outras cidades, como San Sebastián (norte), Sevilha (sul) e nas Ilhas Canarias.

Estes protestos chegam após vários casos midiáticos de estupros e um aumento do número de mulheres assassinadas por seus companheiros ou ex-companheiros.

"Este verão foi bárbaro, com dados de violência de gênero assustadores para um estado que conta com leis pioneiras", afirmou à emissora de rádio Cadena Ser a ativista Covadonga Peremarch, porta-voz do coletivo Urgencia feminista, impulsor das concentrações.

Um total de 42 mulheres morreram vítimas da violência machista desde o início do ano na Espanha, 19 delas durante o verão, segundo dados do Ministério do Interior.

O Congresso espanhol adotou em 2004 a primeira lei na Europa contra a violência machista, estabelecendo assistência jurídica gratuita e tribunais especiais para as vítimas.

O Parlamento espanhol aprovou por unanimidade em 2017 novas medidas contra este problema.

Apesar destas políticas, 1.017 mulheres foram assassinadas na Espanha por seus companheiros ou ex-companheiros desde que se começou a registrar esse tipo de homicídio, em 2003.

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