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Professores argentinos fazem 2ª greve em 1 mês contra atrasos salariais

19/09/2019 16h05

Buenos Aires, 19 set (EFE).- A Argentina enfrente nesta quinta-feira uma nova greve nacional de professores, a segunda desde o início de novembro, convocada desta vez após a morte de duas docentes em um acidente de trânsito na província de Chubut, no sul do país, quando voltavam de um protesto para exigir melhorias salariais para a categoria.

Os professores de Chubut estão com os salários atrasados e ainda não receberam o pagamento de agosto. Os valores correspondentes a julho foram depositados nas contas dos profissionais no último sábado.

O clima, que já era ruim, piorou depois de o governador da província, Mariano Arcioni, anunciar um plano para reajustar seu salário e de seus secretários em 100%. Apesar de pressionado, ele se nega a recuar e afirmou que seguirá exigindo do presidente do país, Mauricio Macri, de quem é opositor, que envie os "recursos prometidos para sair da crise".

A primeira greve foi realizada no último dia 5 de setembro, após os professores da província terem afirmado que foram agredidos por funcionários de uma empresa petrolífera durante uma ação de protesto contra os atrasos nos salários. Na ocasião, eles bloquearam uma estrada importante para as companhias da região, o que gerou grande tumulto.

O secretário-adjunto da Confederação de Trabalhadores da Educação (Ctera), Roberto Baradel, disse que as autoridades locais poderiam ter evitado as mortes que motivaram a greve, transformada em jornada de luto nacional em homenagem às vítimas, e que é inadmissível que o conflito salarial na província ainda não tenha sido resolvido.

O acidente ocorreu ontem, quando cinco professoras que trabalhavam em uma escola da cidade de Comodoro Rivadavia, em Chubut, voltavam para casa depois de participar de um protesto em Rawson, a 390 quilômetros de distância, contra os atrasos salariais. Duas delas morreram na hora e três ficaram feridas.

Baradel afirmou que Arcioni é responsável por pagar os salários dos docentes em dia e pediu Macri que ajude qualquer província que esteja em uma situação complicada como a de Chubut. EFE

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