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Justiça absolve 3 ex-diretores da Tepco processados por desastre de Fukushima

19/09/2019 11h37

Tóquio, 19 set (EFE).- Um tribunal de Tóquio absolveu nesta quinta-feira três ex-diretores da companhia elétrica estatal japonesa Tokyo Electric Power (Tepco) que estavam sendo processados pela suposta responsabilidade no desastre nuclear de Fukushima, ocorrido em 2011.

Foram processados o ex-presidente da companhia Tsunehisa Katsumata, de 79 anos, e os antigos vice-presidentes Ichiro Takekuro (73) e Sakae Muto (69), acusados de negligência no cumprimento de suas funções, segundo fontes jurídicas.

O desastre nuclear, o segundo pior da história - superado apenas pelo de Chernobil, na Ucrânia, em 1986 -, teve como origens o terremoto de 9 graus na escala Richter e o posterior tsunami de 11 de março de 2011, que, segundo dados oficiais, deixaram 18 mil mortos e desaparecidos.

O impacto do terremoto e do tsunami danificou a usina de Fukushima, ocasionando vazamentos radioativos e um desastre nuclear repercutido mundialmente.

O processo contra os ex-dirigentes da Tepco foi aberto pela suposta responsabilidade dos acusados nas mortes de 44 pessoas após serem evacuadas de um hospital onde estavam internadas e nos ferimentos de outras 13, incluindo funcionários da usina e membros das Forças Armadas.

A acusação havia pedido cinco anos de prisão para os três ex-diretores da companhia por não terem adotado medidas de segurança que evitassem uma catástrofe como a que ocorreu.

Passados mais de dois anos desde o início do julgamento, um tribunal de Tóquio decidiu nesta quinta-feira que os acusados não são culpados. A defesa tinha argumentado que os processados não poderiam ter antecipado o tsunami, que na região da usina nuclear elevou o nível do mar em mais de 10 metros.

Dos seis reatores nucleares, quatro sofreram danos consideráveis e três tiveram uma fusão parcial após ficarem sem o sistema de refrigeração devido ao terremoto e ao tsunami, que deixaram a central sem fornecimento de energia elétrica e inundou o gerador reserva. EFE

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