Imprensa canadense divulga novas imagens de Justin Trudeau com "blackface"
Toronto, 19 set (EFE).- Novas imagens de Justin Trudeau fantasiado e com o rosto pintado de preto foram reveladas nesta quinta-feira, horas após o primeiro-ministro do Canadá - que está em plena campanha eleitoral - se desculpar por uma foto de 2001 na qual também repetia a prática considerada racista.
No século XIX, atores brancos costumavam colorir o rosto com carvão para interpretarem personagens negros nos palcos, prática conhecida como "blackface" e que contribuiu para disseminar estereótipos raciais.
Um vídeo divulgado pela "Global News" mostra Trudeau rindo com a cara pintada de preto e vestido com uma camiseta e uma calça jeans. A emissora de TV canadense afirma que obteve a gravação no início desta semana e que o material parece ter sido gravado há 20 anos.
Também nesta quinta-feira, veículos da imprensa canadense publicaram outras duas fotos de Trudeau. Uma das imagens corresponde a uma festa de 2001, em um colégio particular no qual o agora premiê trabalhou como professor. Na ocasião, Trudeau estava fantasiado como um personagem de "Aladdin".
A segunda foto foi tirada quando Trudeau estudava em uma escola de ensino médio em Montreal e atuou em um show de talentos, também usando maquiagem, cantando a música "Day-O", de Harry Belafonte.
Na noite de quarta-feira, a revista americana "Time" publicou a primeira imagem de Trudeau fantasiado como um personagem de "Aladdin", o que forçou o primeiro-ministro canadense a se desculpar durante uma entrevista coletiva na qual reconheceu que a imagem era racista e que tinha cometido um grave erro.
Durante a entrevista, Trudeau admitiu que tinha se fantasiado em uma apresentação escolar quando era adolescente, mas não mencionou o vídeo que foi divulgado nesta quinta-feira.
A primeira imagem revelada desencadeou uma onda de reações no Canadá e no exterior que podem impactar as chances de Trudeau nas eleições gerais no dia 21 outubro.
Trudeau suspendeu todas as aparições públicas previstas para hoje, enquanto o Partido Liberal ainda avalia as consequências do escândalo. EFE
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