EUA são acusados de bombardeio que deixou 25 civis mortos no Afeganistão
Cabul, 19 set (EFE).- Pelo menos 25 aldeões morreram e mais de 30 ficaram feridos em um suposto bombardeio dos Estados Unidos, nesta quinta-feira, em uma área controlada pelos insurgentes no leste do Afeganistão, denunciaram as autoridades locais, fato que ainda não foi confirmado por Washington ou pelo próprio governo afegão.
O atentado "contra civis que acampavam para a colheita de pinhões" aconteceu por volta de 1h30 (hora local), na região de Wazir-Tangi, na província de Nangarhar, disse à Agência Efe, o porta-voz do governador regional, Attaullah Khogyani.
"Até agora eles levaram nove corpos e quatro feridos para o hospital provincial, todos são civis", acrescentou o porta-voz, explicando que a área onde ocorreu o bombardeio é "remota e montanhosa", quase sem nenhuma comunicação, por isso não tem mais detalhes.
Um membro da Assembleia provincial de Nangarhar, Ajmal Umar, afirmou à Efe que segundo a informação recebida de moradores da região e dos líderes tribais, o número de falecidos no bombardeio "americano" é 25 e o número de feridos "mais de 30", e disse que todos eles são "pobres aldeões" que estavam no local para a colheita de pinhões.
A confirmação oficial do número de vítimas será complicada já que, segundo as autoridades, a região "não está sob o controle das forças de segurança".
O porta-voz das tropas americanas no Afeganistão, o coronel Sonny Leggett, disse à Efe que a coalizão internacional está ciente dos relatos de mortes de civis.
"Estamos trabalhando com autoridades locais para determinar os fatos e garantir que não seja uma manobra para desviar a atenção dos civis assassinados pelos talibãs hoje em um hospital de Zabul", disse Leggett.
Também hoje, pelo menos 20 pessoas morreram e outras 90 ficaram feridas, a maioria civis, por conta de um atentado a um hospital no sul do país. EFE
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