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Donald Trump nega ter prometido "algo inadequado" a líder de outro país

19/09/2019 14h52

Washington, 19 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta quinta-feira ter prometido algo "inadequado" durante uma ligação telefônica com um líder estrangeiro, possibilidade que no mês passado provocou uma queixa interna na inteligência americana e ligou o sinal de alerta no Congresso.

Em vários mensagens no Twitter, Trump reagiu a reportagem exclusiva publicada na quarta-feira pelo jornal "The Washington Post", revelando que uma suposta "promessa" feita por Trump a um líder estrangeiro, motivou no dia 12 de agosto uma denúncia interna de um membro da comunidade de inteligência americana.

"Outra história falsa dos veículos de imprensa, nunca param! Praticamente sempre que falo por telefone com um líder estrangeiro, entendo que pode haver gente escutando de diferentes agências dos EUA, isso sem mencionar as do país em questão. Isso não é um problema!", escreveu Trump.

"Sabendo tudo isso, alguém é tolo o suficiente para acreditar que eu diria algo inapropriado a um líder estrangeiro em uma ligação potencialmente tão 'densamente povoada'? De qualquer forma, eu faria apenas o que era certo, e o que fizesse bem aos EUA", continuou Trump, completando em outro tuíte: "Assédio presidencial!".

De acordo com o "Post", a queixa foi apresentada no mês passado à Inspetoria Geral da Comunidade de Inteligência - encarregada de supervisionar a Direção Nacional de Inteligência (DNI) -, que por sua vez informou o Congresso de sua existência por considerá-la uma questão de "preocupação urgente".

Ainda segundo o jornal, que citou dois ex-funcionários sob condição de anonimato, esse assunto é uma "promessa" que Trump teria feito a um líder estrangeiro, supostamente durante uma ligação telefônica.

Embora a reportagem não apresente detalhes de quem seria o tal líder, nos dias e semanas após a denúncia, Trump teve contatos com o presidente russo, Vladimir Putin; o líder norte-coreano, Kim Jong-un; o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan; o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

Além disso, a denúncia provocou uma queda de braço entre o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara Baixa, Adam Schiff, e o diretor Nacional de Inteligência dos EUA, Joseph Maguire, que se negou a proporcionar ao Legislativo uma cópia do documento ou a detalhar seu conteúdo. EFE

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