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EUA divulga fotos de satélite que culpariam Irã por ataque

16/09/2019 11h26

WASHINGTON, 16 SET (ANSA) - O governo dos Estados Unidos divulgou fotos de satélite que indicariam que o ataque aéreo contra duas refinarias de petróleo na Arábia Saudita partiu do norte do Golfo Pérsico, ou seja, de Irã ou Iraque.   

Essas imagens, de acordo com a Casa Branca, excluiriam a hipótese de um bombardeio realizado a partir do Iêmen - o ataque foi reivindicado pelos rebeldes iemenitas houthis, que têm apoio iraniano e são combatidos pela Arábia Saudita.   

As imagens divulgadas pelos EUA mostram ao menos 17 pontos de impacto nas refinarias. Em um briefing com jornalistas, representantes do governo americano disseram que o ataque pode ter sido realizado com drones e mísseis de cruzeiro.   

Poucas horas antes, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia dito que estava pronto para reagir ao bombardeio, que atingiu instalações da estatal petrolífera Saudi Amanco. "Há razões para acreditar que conhecemos o culpado. Estamos prontos e carregados, mas estamos esperando ouvir do reino quem eles acreditam que tenha sido a causa desse ataque e sob quais termos nós procederemos", declarou o mandatário.   

Já o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, culpou explicitamente Teerã pelo ataque, o qual chamou de "sem precedentes". "Não há evidências de que os ataques vieram do Iêmen", disse ele no último fim de semana.   

Após o bombardeio, a Arábia Saudita interrompeu a produção nas duas instalações atingidas, o que fez o preço do petróleo no mercado internacional disparar. A cotação do brent e do WTI chegou a subir quase 20%, maior alta desde a Guerra do Golfo (1990-1991), mas perdeu força ao longo do dia e agora gira ao redor de 10%.   

Em resposta, Trump anunciou que, se necessário, usará as reservas de petróleo estratégicas do país para abastecer o mercado internacional e pediu agilidade na aprovação de oleodutos em estados como o Texas.   

Navio - Em meio à escalada da tensão no Golfo Pérsico, o Irã apreendeu um navio que se dirigia aos Emirados Árabes Unidos no Estreito de Ormuz. Segundo a agência Isna, a embarcação é suspeita de contrabandear diesel na região. (ANSA)
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