Conflito entre Irã e EUA domina conferência da ONU sobre energia nuclear
Viena, 16 set (EFE).- O desgaste político entre Irã e Estados Unidos foi o grande destaque nesta segunda-feira na Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica, órgão da ONU responsável por zelar pela segurança nuclear no mundo.
Referindo-se ao ataque com drones a duas refinarias da Arábia Saudita, ocorrido no último sábado, o secretário de Energia americano, Rick Perry, acusou o Irã de "atacar deliberadamente" a economia e o mercado petroleiro mundiais. Ele ainda pediu à comunidade internacional que insista para que o governo iraniano "deixe suas ambições nucleares e ponha fim a seu comportamento maligno".
Em resposta, o vice-presidente do Irã, que também é o chefe do programa nuclear do país, Ali Akbar Salehi, condenou o discurso de Perry e classificou como "desumanas e ilegais" as sanções dos EUA contra a economia do Irã.
Salehi ressaltou também que o descumprimento de vários aspectos do acordo muclear de 2015 foi a única opção do Irã após a rejeição dos Estados Unidos ao acordo nuclear firmado entre o país islâmico e seis potências (as outras são Rússia, China, Reino Unido, Alemanha e França).
O iraniano pediu também que "o destrutivo comportamento do governo dos Estados Unidos e seu terrorismo econômico" fossem condenados pela comunidade internacional.
Os dois representantes discursaram em frente aos delegados dos países-membros da Aiea na abertura de conferência que acontece durante esta semana.
O secretário de estado americano, Mike Pompeo, escreveu no Twitter que o governo iraniano está envolvido em cerca de 100 ataques à Arábia Saudita e abriu um precendente nunca antes visto ao sabotar o suprimento global de energia.
Pompeo também pediu que o restante do mundo condene a postura iraniana, além de alegar que os EUA trabalharão para garantir o fornecimento de energia e responsabilizar o Irã pelo ataque. EFE
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