Arábia Saudita denuncia ameaças do Irã e investigará ataques a refinarias
Riad, 16 set (EFE).- O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, afirmou nesta segunda-feira que as ameaças do Irã contra o país não só afetam a região do Oriente Médio e anunciou a abertura de uma investigação sobre os ataques do sábado contra refinarias da petrolífera estatal Aramco.
"As ameaças iranianas não são dirigidas somente para o reino, mas seus efeitos atingem o Oriente Médio e o mundo", disse Bin Salman em conversa com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, segundo a agência de notícias estatal "SPA".
Esta foi a primeira reação oficial de um integrante do governo saudita após os ataques do sábado. Os rebeldes houthis que dominam parcialmente o Iêmen, apoiados pelo Irã, reivindicaram a autoria da ação no noroeste da Arábia Saudita.
Em paralelo, a agência publicou o comunicado do Ministério de Relações Exteriores da Arábia Saudita. Na nota, o país não acusa diretamente o Irã de lançar esse ataque e anuncia que vai convidar especialistas internacionais e da ONU para participar das investigações.
"O reino vai tomar todas as medidas oportunas à luz dos resultados dessas investigações, de modo que garanta nossa segurança e nossa estabilidade. (...) Foi uma ataque contra o fornecimento de energia mundial e é uma extensão dos atos hostis anteriores aos que foram expostos usinas de bombeamento da Aramco usando armas iranianas", afirmou a nota.
Horas antes, o porta-voz da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, Turki al Maliki, afirmou em entrevista coletiva que as armas eram iranianas. O país ainda investiga de onde os drones usados no ataque partiram, mas Maliki descarta que a origem seja o Iêmen, como reivindicam os houthis.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, responsabilizou diretamente o Irã e afirmou que não há provas que os ataques procediam no Iêmen.
O ataque contra duas refinarias da petrolífera saudita, a maior do mundo, afetaram a produção, reduzida em 5,6 milhões de barris por dia. O corte teve impacto direto no mercado, fazendo os preços do petróleo dispararem.
O conflito do Iêmen começou no fim de 2014, quando os houthis invadiram a capital do país, Sana, e depuseram o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, hoje exilado na Arábia Saudita.
Os sauditas e seus aliados árabes intervêm militarmente no conflito desde março de 2015 para tentar derrotar os houthis e recolocar Hadi no poder. EFE
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