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Governo do Iêmen acusa Irã de estar por trás de ataque à Aramco

 Ataque com drones reivindicado por rebeldes iemenitas provocou incêndios em duas instalações petroleiras da gigante saudita Aramco - AFP
Ataque com drones reivindicado por rebeldes iemenitas provocou incêndios em duas instalações petroleiras da gigante saudita Aramco Imagem: AFP

15/09/2019 14h56

O ministro da Informação do Iêmen, Moammar al-Eryani, acusou neste domingo (15) o Irã de estar por trás do ataque cometido no sábado (14) contra duas refinarias da companhia de petróleo saudita Aramco, e afirmou que tudo indica que a ofensiva não pode ter sido originada no território controlado pelos houthis iemenitas, que assumiram a autoria do fato.

"Os braços iranianos na região passam da realização de um ato e apoio logístico a reivindicar a sua responsabilidade sobre o ataque. Os houthis reivindicaram a responsabilidade para desviar os olhares para longe do regime de Teerã", opinou Eryani no Twitter.

De acordo com o ministro, o objetivo dos houthis foi evitar que o Irã "pague a fatura". O ataque contra a maior empresa de petróleo do mundo, que precisou cortar a produção em quase 50%, é visto por Eryani como uma "escalada" das ações anteriores contra navios petroleiros e comerciais.

Segundo o ministro, esse ataque significa que foram colocadas em prática as ameaças iranianas de suspender a produção e exportação de petróleo nos países da região.

"Os dados políticos, militares e a informação preliminar sobre o ato terrorista covarde que teve como alvo instalações da empresa Aramco com drones de fabricação iraniana coincidem que é impossível que o ataque tenha sido realizado de zonas controladas pela milícia houthi", argumentou Eryani.

Essas declarações seguem a mesma linha das palavras do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que acusou o Irã de ter lançado "um ataque sem precedentes contra o fornecimento de energia mundial", indicando que "não há evidências" que essa ofensiva tenha sua origem no Iêmen.

O Ministério das Relações Exteriores iraniano negou qualquer envolvimento do país nos ataques de sábado contra a Aramco e denunciou planos de serviços de inteligência para "destruir a imagem" do Irã.

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