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Jean-Marie Le Pen é acusado de desvio de dinheiro da União Europeia

13/09/2019 16h35

Paris, 13 set (EFE).- O fundador do partido da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, expoente da extrema-direita da França, foi acusado formalmente nesta sexta-feira de desvio de dinheiro público, em caso envolvendo o emprego de funcionários fantasmas no Parlamento Europeu.

A informação foi confirmada à Agência Efe por um dos advogados do político, Frédéric Joachim.

Le Pen, de 91 anos e que presidiu a Frente Nacional, atualmente Agrupamento Nacional (AP), foi expulso da sigla pela filha, Marine Le Pen, depois que o escândalo veio à tona.

Hoje, o político esteve em uma audiência no Tribunal de Paris acompanhado de dois dos advogados. A sessão durou mais de quatro horas, com diversas paralisações, devido solicitação da defesa.

"É um processo claramente político, e é escandaloso que um governo se misture em um caso de liberdade de gestão", garantiu Joachim, que defende a presunção de inocência do cliente.

Le Pen havia sido convocado em abril para participar da audiência, mas não compareceu, por considerar que era protegido pela imunidade de eurodeputado, embora o Parlamento Europeu já havia retirado o status no mês anterior.

A justiça suspeita que os dirigentes da Frente Nacional montaram um esquema de emprego de funcionários fantasmas, remunerados com fundos destinados ao legislativo continental.

O partido de extrema-direita é acusado de utilizar, entre 2009 e 2017, cerca de 7 milhões de euros (R$ 31,4 milhões), para pagar o salário dos supostos assessores. EFE

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