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EUA prometem aumentar comércio com o Brasil, mas ainda não falam em tratado

13/09/2019 14h27

Washington, 13 set (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, prometeu nesta sexta-feira ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, aumentar as trocas comerciais com o Brasil, mas não falou se será fechado um acordo de livre-comércio entre os dois países.

"Todos os esforços do Brasil dão aos EUA uma grande confiança para cooperar de novas formas. Vamos fazer crescer a nossa relação comercial, que já é de mais de US$ 100 bilhões anuais", declarou Pompeo em pronunciamento conjunto com Araújo no Departamento de Estado.

O secretário americano destacou a aliança entre os governos de Donald Trump e Jair Bolsonaro em economia, segurança e diplomacia com o objetivo de lidar com "a crise na Venezuela e fazer os tiranos de Cuba e Nicarágua retrocederem", em alusão aos regimes liderados por Miguel Díaz-Canel e Daniel Ortega, respectivamente.

"Juntos estamos aproveitando a oportunidade para edificar um futuro de segurança e de democracias prósperas para nossos povos e o continente americano", afirmou Pompeo.

Por sua vez, Araújo concordou com Pompeo e ressaltou que Brasil e EUA têm "uma visão comum, uma filosofia comum, que pode ser inclusive mais forte", e que os dois governos estão tentando "traduzir" essa postura nas relações econômicas, algo que, segundo o chanceler, está avançando de "forma muito rápida" e responde aos desejos dos empresários brasileiros.

Nem Pompeo, nem Araújo responderam perguntas da imprensa e não revelaram qual é o estado das negociações visando um acordo de livre-comércio.

No final de julho, Trump anunciou que queria negociar um pacto comercial com o Brasil e fez vários elogios a Bolsonaro, a quem definiu como "um grande cavalheiro" e com quem disse ter uma "fantástica relação".

Com a bênção de Trump, Brasil e EUA começaram no final de julho as negociações para fechar um acordo comercial, mas ainda não há detalhes sobre esse diálogo.

Ontem, em entrevista coletiva, Araújo explicou que o futuro desse tratado comercial não está definido e que a pauta no momento é de trocas de bens específicos, como carne e aço, e que "mais tarde" serão definidos os termos de um tratado de livre-comércio que elimine ou reduza de maneira substancial as tarifas. EFE

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