EUA abrem investigação sobre abusos sexuais em federações olímpicas
Nova York, 13 set (EFE).- O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma ampla investigação sobre denúncias de abuso sexual em diferentes federações olímpicas do país, informou nesta sexta-feira o jornal "The Wall Street Journal".
O jornal, que cita fontes com conhecimento da investigação, afirma que o Departamento de Justiça está averiguando se há uma falha generalizada no sistema das organizações esportivas que as impediu de responder adequadamente a esse tipo de denúncia. Além disso, a movimentação financeira das federações também está sendo analisada.
A Federação de Ginástica dos EUA vive desde 2016 uma crise sem precedentes após a explosão do escândalo de abuso sexual sistemático cometido por Larry Nassar, ex-coordenador médico da seleção nacional. A entidade foi obrigada a decretar falência para se reorganizar. A Justiça americana condenou Nassar a mais de 300 anos de prisão.
A diretora-executiva da Federação de Ginástica dos EUA, Kerry Perry, que assumiu o cargo em dezembro de 2017, estabeleceu como uma das prioridades de sua gestão erradicar totalmente a cultura que foi incapaz de não responder aos abusos cometidos ao longo de anos.
Outras entidades, como as federações de taekwondo, natação e vôlei se envolveram em casos similares, sendo criticadas sobre como lidaram com denúncias de abuso sexual no passado.
O "Journal" apontou que a unidade de lavagem de dinheiro e a de exploração infantil do Departamento de Justiça estão envolvidas nas investigações. Vários diretores das federações e até do Comitê Olímpico dos EUA são citados no caso.
Os investigadores querem saber se a dinâmica de poder no funcionamento do sistema olímpico americano, que tem um orçamento de US$ 1 bilhão, favoreceu a exploração de atletas profissionais e outros ainda em formação. EFE
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