Perto de deixar BCE, Draghi lança último estímulo à economia
A medida trata-se de uma retomada do programa do BCE de "quantitative easing" ("flexibilização quantitativa"), o QE, que durou de 2015 a 2018 e injetou uma média de 30 bilhões de euros por mês nos países da eurozona.
O novo pacote entrará em vigor em novembro e prevê a compra de 20 bilhões de euros por mês em títulos públicos na área da moeda comum. De acordo com uma nota do BCE, o programa durará "o tempo que for necessário".
A economia da zona do euro vem dando repetidos sinais de desaceleração e risco de deflação, especialmente em seu carro-chefe, a Alemanha, mas também em países como a Itália.
Para estimular o crescimento, o BCE ainda reduziu a taxa de juros sobre depósitos de -0,4% para -0,5% e prometeu manter patamares baixos até a inflação se aproximar da meta de 2%.
Além disso, lançou uma nova linha de empréstimos bancários para incentivar as instituições a concederem crédito. De acordo com o BCE, a economia da zona do euro deve crescer 1,1% e 1,2% em 2019 e 2020, respectivamente, 0,1 e 0,2 ponto percentual a menos que as previsões anteriores.
Já a inflação deve ficar em 1,2% em 2019 e 1% em 2020. As projeções anteriores eram de 1,3% e 1,4%, respectivamente. "As informações que chegam indicam uma fragilidade mais prolongada da economia da eurozona, importantes riscos e uma inflação débil", disse Draghi, que será substituído pela francesa Christine Lagarde a partir de 1º de novembro. (ANSA)
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