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Favorito a presidenciáveis da Tunísia inicia greve de fome por direito a voto

12/09/2019 15h47

Túnis, 12 set (EFE).- O magnata populista e candidato favorito à presidência da Tunísia, Nabil Karoui, que está preso preventivamente desde o último dia 23 acusado de corrupção, iniciou uma greve de fome para reivindicar o seu direito a voto, segundo informações passadas à Agência Efe pelo advogado do empresário, Nézih Souei.

Segundo Souei, Karoui iniciou a medida de pressão nesta quarta. O magnata lidera várias pesquisas de intenções de voto, que são realizadas por organismos estrangeiros por impedimento da lei eleitoral tunisiana.

O candidato, dono da rede de televisão "Nessma TV", a de maior audiência no país, e ex-colaborador do presidente Beji Caid Essebsi, morto em julho passado, foi detido depois que a Justiça emitiu uma ordem de detenção por suposta lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A ordem incluía o irmão do magnata, o advogado Ghazi Karoui, que está foragido.

Nabil Karoui, que não pôde participar dos debates televisivos, os primeiros do tipo na Tunísia, culpou pela detenção o primeiro-ministro, Youssef Chahed, a quem acusou de utilizar os recursos do Estado para tirar um rival político do pleito.

Neste contexto, Rida Belhaj, membro do Coletivo de Defesa, advertiu nas redes sociais que se o Tribunal de Cassação não liberar o político até o próximo domingo, dia das eleições, deve ao menos respeitar o direito a voto. "É um direito constitucional", advertiu.

Na mesma linha, a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia em Túnis (MOE-UE) pediu que as autoridades permitam que Karoui participe da campanha eleitoral, que será encerrada amanhã, em respeito ao princípio de igualdade de oportunidades, como prevê a lei local.

A investigação contra o empresário começou depois que a ONG local Iwatch, especializada na luta contra a corrupção, entrou com uma denúncia contra o grupo empresarial de Karoui, com base em Marrocos, Argélia e Luxemburgo, em março deste ano. EFE

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