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Democratas dão novo passo em tentativa de abrir impeachment contra Trump

12/09/2019 15h41

Washington, 12 set (EFE).- O Comitê de Justiça da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, controlado pela oposição democrata, aprovou nesta quinta-feira uma medida que amplia os poderes da comissão para investigar o presidente do país, Donald Trump.

A medida é em grande parte simbólica, mas representa a primeira ação legislativa dos democratas para a abertura de um processo de impeachment contra Trump por "má conduta" enquanto presidente do país.

"Alguns chamam este processo de uma consulta de impeachment. Alguns chamam de investigação de impeachment. Não há diferença legal entre esses termos. Não estou interessado em discutir nomenclatura", afirmou o presidente do Comitê de Justiça da Câmara dos Representantes, o democrata Jerry Nadler.

Alguns críticos de Trump defendem que o presidente deve ser cassado por ter obstruído à Justiça durante a investigação do procurador especial Robert Mueller sobre os laços de sua campanha eleitoral com a Rússia. No entanto, como o Partido Republicano domina o Senado, um impeachment é quase impossível.

Na votação de hoje, os 24 democratas do Comitê de Justiça votaram em favor da iniciativa. Já os 17 republicanos que fazem parte do órgão foram contra a medida.

A resolução, que Nadler classificou como um "próximo passo necessário" na investigação contra Trump, permite que o presidente e seus advogados respondam formalmente às provas e depoimentos prestados em audiências ao comitê.

Além disso, a medida permite que a Câmara dos Representantes trate essas audiências como procedimentos de impeachment, o que abre a possibilidade de os congressistas interrogarem as testemunhas de maneira mais dura. As investigações também podem andar em um ritmo mais acelerado.

Perguntada sobre a medida, a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse que a oposição "perseguirá os fatos" antes de anunciar um processo de impeachment contra Trump.

"O impeachment é uma medida muito divisiva, mas se tivermos que chegar lá, chegaremos lá. Mas não podemos chegar lá a menos que tenhamos fatos. Perseguiremos os fatos", afirmou Pelosi. EFE

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