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Macron confirma que não recebeu pedido do G7 para falar com o Irã

25/08/2019 09h30

Biarritz (França), 25 ago (EFE).- O presidente da França, Emmanuel Macron, precisou se pronunciar neste domingo para esclarecer uma confusão criada sobre uma suposta missão que ele teria recebido do G7, durante a cúpula do grupo realizada em Biarritz, para negociar com o Irã sobre as tensões envolvendo o país, e reconheceu que a entidade "não pode fazer uma incumbência formal".

"O G7 não é uma instância que dê uma ordem formal, não é uma organização estruturada que tenha incumbências e competências. Somos sete países soberanos que entram em acordo em torno de uma mesa", declarou Macron a jornalistas.

O presidente francês reconheceu que a iniciativa de seu país de dialogar com o Irã é mais uma, junto com outras como a do Japão, para cumprir os objetivos estabelecidos pelo G7: evitar que a república islâmica desenvolva uma arma nuclear e garantir a estabilidade regional e a diminuição das tensões com outros países.

O governo da França chegou a anunciar na manhã de hoje que os líderes do G7 tinham pedido a Macron que "enviasse uma mensagem" a Teerã, algo que Trump desmentiu à imprensa pouco depois de ser perguntado sobre o assunto, o que causou um desconforto diplomático.

Para Macron, todas as linhas de atuação podem ser válidas para obter os fins, já que, "se os europeus não tivessem mantido o acordo com Teerã, o Irã o teria abandonado, (mas) se não tivesse havido uma política de sanções e pressão, haveria provavelmente menos vontade de se movimentar por parte dos iranianos".

O presidente francês mostrou intenção de continuar os contatos telefônicos com o regime dos aiatolás, após ter recebido na sexta-feira, em Paris, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif. EFE

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