Premiê português diz que Brasil precisa de "solidariedade, e não de sanções"
Lisboa, 23 ago (EFE).- O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil não deveria ser punido com sanções comerciais ou quebra de acordos devido aos incêndios na Amazônia, mas sim receber apoio para combater o problema.
"Não devemos confundir o drama que acontece neste momento na Amazônia com o que é um acordo comercial", afirmou o premiê durante visita a uma feira de artesanato, comércio e indústria na região do Algarve.
"O Brasil precisa de solidariedade, e não de sanções. O que nós precisamos é que haja intervenção para ajudar a salvar a Amazônia, e não aumentar o número de problemas que existem nestas relações entre a Europa e o Brasil", acrescentou.
Mais cedo, o presidente da França, Emmanuel Macron, acusou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de mentir em relação a compromissos ambientais e anunciou que o país europeu votará contra o acordo de livre-comércio entre a UE e Mercosul caso o Brasil não os honre.
Nas últimas horas, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, divulgou um comunicado no qual se solidarizou com o Brasil e pediu um urgente combate aos incêndios na floresta amazônica.
Para Rebelo, "o meio ambiente e a emergência que representa a mudança climática devem ser cada vez mais uma preocupação central e comum da humanidade". EFE
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