Topo
Notícias

Onyx diz que querem destruir Bolsonaro porque ele "peita os europeus"

do UOL

Do UOL, em São Paulo

23/08/2019 17h26Atualizada em 23/08/2019 21h58

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, concedeu entrevista hoje à Rádio GáuchaZH para falar sobre as queimadas que atingem a Amazônia e a atenção que o tema recebeu fora do Brasil. Na avaliação de Onyx, existem pessoas interessadas em destruir o atual governo porque o presidente Jair Bolsonaro (PSL) "peita" os europeus.

"O que estamos vendo é um ataque internacional ao Brasil, que começa com o resultado da eleição, passou o G20, mas com o amadurecimento, o talento e a capacidade do presidente Bolsonaro, isso foi contornado no G20, mas já vinha ali os primeiros sinais com Angela Merkel (primeira-ministra alemã), com Macron (Emmanuel, presidente francês), que no bilateral com nosso presidente, nenhum dos dois teve coragem de enfrentar o tema e quando enfrentados pelo nosso presidente", disse.

"É que os governos de esquerda brasileiros abaixavam a cabeça para os europeus porque eles tinham um conluio onde eles eram financiados, recebiam dinheiro aqui no Brasil, financiaram ONGs que saquearam a Amazônia. Apareceu um presidente que peita os europeus, que defende a soberania brasileira e defende a Amazônia, tem que destruir esse cara", afirmou.

Questionado se existe uma "retaliação" por parte das ONGs, Onyx Lorenzoni disse não ter "dúvida alguma" que sim.

"Com o advento do governo Bolsonaro a farra das ONGs acabou na Amazônia. Agora, o pesquisador entre aspas que vem aqui para roubar a biodiversidade brasileira tem que dar explicações para as autoridades brasileiras. Está sendo priorizada a pesquisa brasileira em solo amazônico brasileiro. É muito diferente, o jogo endureceu contra eles. Sem dúvida nenhuma, a dúvida é zero. Quando caiu o muro de Berlim e acabou o império soviético, o que aconteceu? Uma das vertentes que a esquerda mundial se organizou para confrontar o capitalismo foi o meio-ambiente", disse.

Rixa entre Macron e Bolsonaro

Ontem, Macron chamou os incêndios na Amazônia de "crise internacional" e cobrou que os líderes do G7 tratem do tema no encontro que o grupo terá neste fim de semana na França. Hoje, o governo francês endureceu as críticas e disse que o governo brasileiro "mentiu" sobre seus esforços em questões ambientais. Bolsonaro retrucou dizendo que as palavras de Macron "potencializam o ódio" contra o Brasil e insinuando que os países europeus atacam a soberania nacional brasileira ao discutirem o tema sem a presença do país.

O tom crítico adotado por Macron é mais um capítulo da relação tensa entre o presidente francês e Bolsonaro. A primeira "crise" entre os políticos começou durante reunião do G20, que foi realizada em junho, em Osaka, no Japão, e à qual Onyx se referiu hoje na entrevista.

Inicialmente, a agenda do presidente brasileiro previa uma reunião bilateral com Macron durante o evento. Contudo, segundo reportagem da BBC News Brasil, a delegação do líder francês previa apenas uma breve conversa informal. Após uma série de desencontros de informações, Bolsonaro e Macron se reuniram por cerca de 20 minutos, e o presidente brasileiro convidou o francês para vir "conhecer a Amazônia" e teria reforçado que o país seguiria fazendo parte do Acordo de Paris.

Ainda no evento, Macron e a chanceler alemã, Angela Merkel, endureceram seus discursos contra o presidente brasileiro. O presidente francês ainda ressaltou que União Europeia e Mercosul só firmariam acordo se o Brasil se comprometesse a não deixar o Acordo de Paris.

Após retornar da reunião do G20, Bolsonaro voltou a criticar o posicionamento de Alemanha e França sobre questões ambientais e disse que Macron e Merkel "não tinham autoridade" para discutir o tema com o Brasil.

"Convidei ele (Macron) e a Angela Merkel a sobrevoar a Amazônia, se encontrasse num espaço entre Boa Vista e Manaus, 1 km quadrado de desmatamento, eu concordaria com eles. Agora o mesmo, como sobrevoei a Europa por duas vezes, eu também lhes disse que não encontrei 1 km quadrado de floresta naquela região. Então eles não têm autoridade para vir discutir essa questão para conosco", disse o presidente.

Notícias