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Bolsonaro diz que 'incêndios florestais' não podem ser pretexto para sanções internacionais

23/08/2019 21h50

Brasília, 24 Ago 2019 (AFP) - O presidente Jair Bolsonaro advertiu nesta sexta-feira que os incêndios florestais na Amazônia "não podem servir de pretexto para possíveis sanções internacionais" e garantiu que "outros países" defenderão o Brasil na Cúpula do G7 neste final de semana em Biarritz (França).

"Incêndios florestais existem em todo o mundo e isso não pode servir de pretexto para possíveis sanções internacionais", declarou Bolsonaro em rede nacional.

"Outros países se solidarizaram com o Brasil, ofereceram meios para combater as queimadas, bem como se ofereceram para levar a posição brasileira junto ao G7", revelou o presidente.

Em seu breve discurso, Bolsonaro destacou que por sua condição de militar tem "um profundo amor e respeito pela Amazônia", e que lidera "um governo de tolerância zero com a criminalidade", e "na área ambiental não será diferente".

"Estamos em uma estação tradicionalmente quente, seca e de ventos fortes, em que todos os anos, infelizmente, ocorrem queimadas na região amazônica. Nos anos mais chuvosos, as queimadas são menos intensas. Em anos menos quentes, como neste 2019, elas ocorrem com maior frequência".

"De todo modo, mesmo que as queimados não estejam fora da média dos últimos 15 anos, não estamos satisfeitos com o que estamos assistindo", disse o presidente.

"Vamos atuar fortemente para controlar os incêndios na Amazônia. É preciso ter serenidade ao tratar dessa matéria. Espalhar dados e mensagens infundadas dentro ou fora do Brasil não contribui para resolver o problema e se prestam apenas ao uso político e a desinformação".

O presidente destacou que o Brasil "é um exemplo de sustentabilidade, conserva mais de 60% de sua vegetação nativa e possui uma lei ambiental moderna e um código florestal que deveria servir de modelo para o mundo".

"Temos uma matriz energética limpa, renovável, e com ela estamos dando importante contribuição ao planeta (...). "Diversos países desenvolvidos, por outro lado, ainda não conseguiram avançar com seus compromissos no âmbito do Acordo de Paris".

"Seguimos abertos ao dialogo, com base no respeito e na verdade, mas cientes da nossa soberania", disse Bolsonaro, destacando que "o Brasil seguirá sendo como foi até hoje, um país amigo de todos e responsável pela proteção de sua floresta amazônica".

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