Macron anuncia reunião com autoridades iranianas antes do G7
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que vai receber representantes iranianos antes da cúpula do G7, que começa no sábado (24), para explorar opções sobre a crise em torno do programa nuclear de Teerã.
"Terei nas próximas horas, antes do G7, uma reunião com os iranianos para tentar propor coisas", disse Macron à imprensa.
O presidente francês se reunirá na sexta-feira, em Paris, com o ministro iraniano de Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, segundo a agência oficial iraniana Irna.
O programa nuclear iraniano será um dos temas de debate em Biarritz. De um lado, estarão os Estados Unidos, que deixaram unilateralmente o acordo em 2018, e, do outro, os signatários europeus do texto.
"Devemos ter uma discussão na cúpula sobre como gerenciar a questão iraniana, temos verdadeiras discordâncias dentro do G7", reforçou Macron.
O acordo de Viena, concluído em 2015 entre Irã, Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha, permitiu a suspensão parcial das sanções contra Teerã em troca do compromisso da República Islâmica de não desenvolver uma arma atômica.
Em resposta à saída dos Estados Unidos do acordo e à incapacidade dos europeus para ajudar o Irã a driblar as sanções, Teerã deixou de respeitar alguns de seus compromissos em julho.
"O que espero do Irã é que continue no âmbito do JCPOA e que evite qualquer escalada", afirmou Macron, referindo-se à sigla em inglês do acordo sobre o programa nuclear iraniano ("Common Global Action Plan").
"O que espero dos Estados Unidos e da discussão do G7 é um esclarecimento da estratégia" para fazer os iranianos agirem, acrescentou.
"Estamos em um momento fatídico porque os iranianos enviaram mensagens muito claras, com enriquecimentos simbólicos [de urânio] nas últimas semanas, mas anunciaram medidas adicionais em setembro e no fim do ano e estão construindo uma estratégia de saída do JCPOA", alertou o presidente francês.
Macron disse que "uma estratégia iraniana de saída do JCPOA é sobretudo arriscada para o Irã e toda a região", embora também tenha classificado assim a estratégia de Washington de impor mais sanções e aumentar as tensões.
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