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EUA pagaram para milhares de imigrantes centro-americanos voltarem para casa

17.out.2018 - Migrantes hondurenhos participam de uma caravana em direção aos Estados Unidos em Chiquimula, Guatemala - ORLANDO ESTRADA/AFP
17.out.2018 - Migrantes hondurenhos participam de uma caravana em direção aos Estados Unidos em Chiquimula, Guatemala Imagem: ORLANDO ESTRADA/AFP

Por Mica Rosenberg e Kristina Cooke e Daniel Trotta

21/08/2019 11h39

Mais de 2 mil imigrantes centro-americanos que queriam se estabelecer nos Estados Unidos desistiram e aceitaram viagens gratuitas de volta para casa graças a um programa de 10 meses financiado pelo governo dos EUA e a cargo de uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo uma autoridade da ONU.

O programa "Retorno Voluntário Assistido" pagou viagens de ônibus ou avião para 2.170 imigrantes que ou nunca chegaram aos EUA ou foram detidos depois de cruzarem a fronteira e depois enviados ao México para aguardar audiências de imigração, de acordo com Christopher Gascon, funcionário da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O programa de 1,65 milhão de dólares, custeado pelo Departamento de Estado norte-americano, está preocupando defensores dos imigrantes, que dizem que ele pode violar um princípio da lei internacional contra a devolução de postulantes a asilo a países onde podem enfrentar perseguição.

Os imigrantes devolvidos não foram entrevistados pelas autoridades que concedem asilo nos EUA, mas Gascon disse que sua agência analisa todos os participantes para ter certeza de que não estão pedindo asilo e querem voltar.

Gascon, que comanda a missão mexicana da OIM, disse que o programa proporciona uma forma de retorno mais segura e caridosa do que os imigrantes conseguiriam por conta própria.

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