Além de Skype e Cortana, Microsoft também ouviu gravações de usuários do Xbox
San Francisco (EUA), 21 ago (EFE).- Depois de ter admitido que ouviu interações de usuários com a assistente virtual Cortana e com o sistema de tradução do Skype, a Microsoft foi acusada nesta quarta-feira de ter escutado gravações registradas por dispositivos Xbox One.
Os sites "Vice" e "Motherboard" publicaram hoje que a empresa contratou pessoas para ouvir as ordens por voz que os usuários tinham dado ao console. Além disso, esses funcionários também teriam analisado interações captadas por erro pelo Xbox.
Questionada pela Agência Efe sobre a denúncia, a Microsoft disse que não iria se pronunciar.
O escândalo envolvendo a privacidade das conversas de usuários com dispositivos eletrônicos atingiu a empresa na semana passada, quando a Microsoft admitiu que ouvia algumas mensagens captadas pela Cortana ou pelo serviço de tradução do Skype.
No caso do Skype, a empresa esclareceu que não escuta o conteúdo de ligações ou videoconferência entre os usuários do programa, mas sim parte das interações dos internautas com o serviço de tradução da plataforma.
A lógica que opera por trás desta prática é que, apesar dos avanços em inteligência artificial, as empresas de tecnologia ainda precisam da intervenção humana para descobrir possíveis erros e contribuir para a melhoria da qualidade do serviço.
A inteligência artificial usa sistemas de aprendizagem automáticos, pelos quais a máquina aprende a processar informação e a "pensar" como um humano, mas para isso precisa de exemplos que sirvam de uma mostra para desenvolver padrões de atuação.
Se um erro cometido por um sistema de inteligência artificial não foi detectado rapidamente, o aprendizado automatizado pode fazer com que a máquina assuma o erro como algo correto, usando-o como base para decisões futuras, o que prejudicaria ainda mais o funcionamento do serviço oferecido pelas empresas.
Além da Microsoft, outras empresas, como Google, Amazon, Apple e Facebook, foram acusadas de ouvir parte das conversas dos usuários com seus respectivos assistentes virtuais, gerando uma grande discussão sobre a privacidade dessas informações. EFE
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