Corregedor recua de 'pente-fino' em redes de integrantes do MPF
Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, Silva havia pedido um monitoramento de todas as manifestações de integrantes do MPF nas redes, o que gerou protestos internos. Procuradores viram no texto uma forma de intimidação e censura prévia.
"Nem a CMPF (Corregedoria do MPF) nem a Secom (Secretaria de Comunicação Social) tem interesse em monitorar nem teriam pernas para monitorar as redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram e e-mails na Rede Membros e na Rede Institucional) de todos os membros do MPF (exceção da PGR, que não se submete às atribuições da CMPF)", escreveu o corregedor, em nova mensagem disparada aos colegas, obtida pelo Estado.
"Minha solicitação à Secom/PGR é de um 'clipping' semanal que reúna todas as notícias e matérias jornalísticas que repercutam negativamente mensagens e manifestações de membros do MPF. Não se trata de monitoramento", afirmou. O clipping é uma compilação de reportagens publicadas por veículos de imprensa. Procurado pela reportagem, o corregedor reiterou o teor da nova mensagem enviada aos membros do Ministério Público.
Reação. Na primeira mensagem disparada a colegas, semana passada, o corregedor informou que requisitara à Secom "relatório semanal de todas as manifestações de membros do MPF, efetuadas por meio das redes sociais, para exame do órgão correcional". O monitoramento foi ironizado por procuradores no Twitter. "Dormiram bem? Hoje não vou falar nada sobre política. Nem precisam me vigiar", escreveu o procurador Bruno Barros.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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