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"Tenho que ser expulsa primeiro", diz Tabata Amaral sobre saída do PDT

Tábata Amaral (PDT-SP): deputada foi a mais "indisciplinada" do PDT até agora - Agência Câmara
Tábata Amaral (PDT-SP): deputada foi a mais "indisciplinada" do PDT até agora Imagem: Agência Câmara
do UOL

Ana Carla Bermúdez

Do UOL, em São Paulo

19/08/2019 14h17

A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) disse hoje que não está conversando com nenhum partido sobre uma possível filiação caso seja expulsa do PDT. Hoje, a deputada está suspensa e responde a um processo disciplinar dentro da legenda após ter votado a favor da reforma da Previdência, contrariando a orientação do partido.

Questionada pela reportagem se tem medo de ser expulsa do PDT, a deputada disse apenas que, para que essa decisão seja tomada, ela "infelizmente" não é consultada.

"Então, o que me resta agora é esperar a decisão do partido", afirmou. "Mas eu não estou conversando com outros partidos. Continuo minha atuação na Comissão de Educação, na comissão externa de acompanhamento do Ministério da Educação. Quando eles [a direção do PDT] decidirem se posicionar, eu me posiciono também", disse.

A deputada também disse que ainda não foi formalmente expulsa do PDT e que precisaria esperar esse processo acontecer para decidir sobre uma possível mudança de partido.

"Sou uma pessoa que tem o social como pauta prioritária, que está lutando pela educação e que se encontra no campo progressista. Então, para onde eu vou, o que faz sentido, eu tenho que ser expulsa primeiro", afirmou.

Tabata participou, na manhã de hoje, de um painel sobre a visão do novo Congresso sobre educação no 3º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, em São Paulo. Também fizeram parte da mesa os deputados Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) e Caroline de Toni (PSL-SC).

Ao longo da mesa, Tabata criticou o que chamou de "holofote da polarização". "Se agarrar a um lado dá muito like, você fica muito popular, mas não resolve porcaria nenhuma", disse.

Ela criticou o projeto educacional do atual governo, que segundo ela tem "foco excessivo em questões ideológicas".

"Isso faz, naturalmente, que a gente deixe de olhar para questões que são estruturantes no país. A minha preocupação é que enquanto a gente debate Escola Sem Partido a gente deixa de olhar para o que importa", afirmou, elencando como prioridades o Fundeb, principal mecanismo de financiamento da educação básica e que vale por lei até 2020, a formação de professores e a formação técnica profissional.

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