Huawei critica "motivação política" e "tratamento injusto" em sanções dos EUA
Washington, 19 ago (EFE).- A empresa tecnológica chinesa Huawei criticou nesta segunda-feira "a motivação política" e o "tratamento injusto" das sanções dos Estados Unidos depois que o governo do presidente Donald Trump estendeu por 90 dias a licença para que negocie livremente com empresas do país.
"Está claro que esta decisão tomada neste momento particular tem uma motivação política e não tem nada a ver com a segurança nacional. Estas ações violam os princípios básicos da livre concorrência de mercado", afirmou a empresa em comunicado enviado à Agência Efe.
O Departamento de Comércio dos EUA incluiu em maio a Huawei na lista de firmas estrangeiras com restrições para fazer negócios com empresas do país, ao argumentar que a multinacional chinesa representa um risco para a segurança nacional.
Os Estados Unidos acusaram então a companhia de poder usar seus equipamentos de telecomunicações em terreno americano para espionagem.
De fato, o próprio Trump disse ontem que não queria "fazer negócios" com a Huawei, uma das líderes do setor.
"Neste momento parece muito mais que não vamos fazer negócios. Não quero fazer negócios em absoluto, porque a (Huawei) é uma ameaça para a segurança nacional", insistiu o líder no Twitter.
Diante desta situação, a Huawei afirmou que as sanções anunciadas pelos EUA "não beneficiam ninguém, incluindo as empresas americanas".
"As tentativas de suprimir o negócio da Huawei não ajudarão os EUA a conseguir a liderança tecnológica. Fazemos uma chamada ao governo dos EUA para que ponha fim a este tratamento injusto", apontou a Huawei após conhecer a moratória.
Além disso, a companhia com sede em Shenzhen (China) considerou que a decisão de hoje "não terá um impacto substancial nos negócios da Huawei de nenhuma maneira".
Caso entre em vigor, o veto impediria que a Alphabet, matriz do Google, seguisse outorgando licenças aos produtos da Huawei e levaria os principais fabricantes de componentes eletrônicos americanos a romper relações comerciais com a empresa tecnológica chinesa. EFE
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