Acusadas de matar grávida nos EUA se declaram inocentes por morte do bebê
Chicago (EUA), 19 ago (EFE).- As duas mulheres acusadas de assassinar Marlén Ochoa, uma jovem grávida que em abril foi estrangulada em Chicago e teve o bebê retirado do ventre, declararam nesta segunda-feira que se consideram inocentes a respeito da posterior morte do recém-nascido.
Clarisa Figueroa, de 46 anos, e a sua filha Desiree, de 24, compareceram a um tribunal do condado de Cook, no estado de Illinois, onde receberam uma nova acusação de homicídio em primeiro grau, desta vez pela morte do bebê, Yovani López.
Em curta audiência, o juiz escutou as declarações de inocência e decidiu que ambas continuarão detidas sem direito a fiança. Mãe e filha já tinham recebido 27 acusações formais, entre elas as de homicídio em primeiro grau, sequestro agravado, agressão agravada contra um menor e desmembramento de um corpo.
O recém-nascido foi resgatado ainda com vida no dia 23 de abril, mas sofreu danos cerebrais depois do estrangulamento da mãe e de ter sido retirado do ventre. A morte aconteceu em 14 de junho, após permanecer um mês e meio com um respirador artificial em um hospital no subúrbio de Chicago.
As duas mulheres foram detidas em maio, quando a polícia informou que ambas tinham assassinado Ochoa, de 19 anos, para roubar o bebê que Clarisa fingiu ser dela.
A jovem foi a uma casa no sudoeste da cidade com a promessa de que receberia uma doação de roupas e um carrinho de bebê, entre outros itens.
Segundo os promotores, Clarisa tinha anunciado em outubro que estava grávida e, nos meses seguintes, orquestrou com a filha um plano para assassinar uma mulher grávida e roubar o bebê.
O corpo de Ochoa foi jogado em uma caçamba de lixo, onde foi encontrado no dia 14 de maio. Os funcionários do hospital onde o bebê foi atendido disseram que Clarisa não apresentava sinais de ter dado à luz, mas foi necessário esperar duas semanas até o resultado do exame de DNA comprovar que não havia parentesco.
A família de Ochoa celebrou a nova acusação de homicídio somada ao caso, mas reivindicou que o mesmo valha para o namorado de Clarisa, Piotr Bobak, que, segundo os promotores, limpou a cena do crime e confirmou a história de que o bebê era do casal.
"Queremos que tenham um julgamento justo, que passem o resto das suas vidas na prisão e uma eternidade no inverno", declarou à imprensa a ativista e porta-voz da família, Julie Contreras. EFE
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