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Pesquisa mostra que só 29,5% dos paraguaios acham que Benítez termina mandato

18/08/2019 16h38

Assunção, 18 ago (EFE).- Uma pesquisa realizada no Paraguai, que teve os resultados divulgados neste domingo, mostra que apenas 29,5% dos consultados acreditam que o presidente do país, Mario Abdo Benítez, concluirá o mandato, após o escândalo da ata bilateral sobre compra de energia da represa de Itaipu assinada com o Brasil.

A enquete foi realizada pela empresa de consultoria CIES para o jornal "Última Hora", para as emissoras "Noticias Paraguay", "Telefuturo" e "Radio Monumental". Ao todo, foram consultadas 1.200 pessoas, de 18 a 35 anos, moradoras de Assunção e Grande Assunção, entre 15 e 31 de julho.

Além dos 29,5 descrentes que Abdo Benítez concluirá o mandato em 2023; 53,9% acreditam que o presidente deixará o Palácio de López antes desta data. Já 16,6% dos que responderam a pesquisam se disseram indecisos sobre a questão.

Considerando apenas aqueles que votaram no atual mandatário, nas eleições realizadas em abril de 2018, 46% admitem que o então preferido não conseguirá encerrar o período de cinco anos. Já 35,9% eleitores esperam a permanência de Benítez.

A imagem do presidente começou a se deteriorar há alguns meses, devido as enchentes que ocorreram no país, a estagnação da economia e os baixos orçamentos destinados aos minitérios. Em diversas campanhas e protestos, a expressão "desastre" passou a se referir ao líder.

No entanto, o vazamento da ata com o Brasil, pela compra de energia de Itaipu, foi o que colocou o governo em situação ainda mais delicada. A oposição chegou a tentar iniciar um julgamento político contra Abdo Benítez e o vice, Hugo Velázquez.

O fato do ex-presidente Horacio Cartes, inimigo político do atual mandatário, ter sido o grande responsável por impedir o impeachment, gerou ainda mais frágil a percepção da população.

Segundo a pesquisa, quase 54% dos paraguaios não enxergam liderança em Abdo Benítez, qualidades que enxergam em Cartes e no senador Juan Carlos Galaverna, do partido Colorado. EFE

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