Governo da Espanha oferece nova opção de porto para navio de ONG humanitária
Madri, 18 ago (EFE).- O governo da Espanha apresentou uma nova opção ao navio da ONG Open Arms, que leva 107 migrantes resgatados no Mediterrâneo central, para que desembarque no porto do país mais próximo a Lampedusa, na Itália, ao invés de Algeciras, na Andaluzia.
Os integrantes da organização humanitária recusaram a primeira proposta, devido a distância do ponto em que o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, impede a chegada. Para alcançar a região do sul espanhol seriam necessários cinco dias de navegação.
Fontes do governo do socialista Pedro Sánchez, afirmaram à Agência Efe que a mudança veio a partir da posição do comandante da embarcação, que apontou ser crítica a situação dos migrantes, após 17 dias no mar.
"Depois de 26 dias de missão, 17 de espera com 134 pessoas a bordo, uma resolução judicial a favor e seis países dispostos a acolhar, querem que naveguemos 950 milhas, por cinco dias mais, até Algeciras, o porto mais distante do Mediterrâneo, com uma situação insustentável a bordo?", indagou o fundador da Open Armas, Oscar Camps, em postagem no Twitter.
Hoje, vários resgatados pelo navio se lançaram na água, para tentar chegar nadando até o porto de Lampedusa. A embarcação entrou na sexta-feira em águas territoriais italianas após autorização de um tribunal administrativo, que derrubou o veto imposto por Salvini.
Mais cedo, o governo da França revelou disposição de receber 40 pessoas resgatadas pelo Open Arms, diante do impasse sobre o porto espanhol de desembarque. O grupo deveria cumprir os critérios para poder solicitar asilo no país europeu, segundo informações do Escritório Francês de Proteção de Refugiados e Apátridas.
A França foi um dos seis países europeus que estavam de acordo em receber aos migrantes que estavam com a organização não-governamental espanhola, junto com Alemanha, Romênia, Portugal, Luxemburgo e própria Espanha. EFE
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