Rede de varejo Le Biscuit, da Vinci Partners, estreia no comércio online
Nos últimos anos, o principal objetivo da Le Biscuit foi ampliar os horizontes e fincar sua bandeira no Brasil inteiro. O pequeno armarinho de 100 metros quadrados (m²), fundado em 1968, em Feira de Santana (BA), cresceu, virou âncora de shopping center e deve terminar o ano com faturamento de R$ 1,2 bilhão. Em 2018, foram R$ 900 milhões. A rede vende todo tipo de produto: papelaria, artigos para festa, itens de higiene, beleza e moda, cama, mesa e banho, eletrodomésticos e alimentos, entre outros.
Hoje, embora a principal meta seja a transformação digital, a expansão das lojas físicas vai continuar forte. Até o fim do ano, a rede deve inaugurar mais 21 lojas, totalizando 145 unidades no País inteiro.
David Lee, presidente da rede, afirma que a empresa tem uma serie de projetos em andamento, mas neste momento as atenções estão voltadas para a estreia no mercado online. "Foram dez meses de desenvolvimento do site, com a inserção de 7 mil produtos com fotos e descrição", diz.
Lee afirma que, no espaço dedicado à lista de casamento, o plano é criar um marketplace, plataforma que abriga ofertas de terceiros, para conseguir oferecer produtos fora do portfólio da Le Biscuit.
Classe C
Um exemplo, diz ele, são eletrodomésticos, como máquina de lavar, refrigeradores e fogão. "Mas vamos implementar isso conforme iniciarmos a operação e observarmos o comportamento dos consumidores", diz. Segundo ele, esse é um grande mercado, especialmente nas classes B e C.
A venda de produtos no site com retirada em loja ou entrega em casa terá início em janeiro e fevereiro, em Salvador. A expansão para o resto do País será gradual, ao longo de 2020. O especialista em varejo Jean Paul Rebetez, sócio-diretor da GS&Consult, do Grupo GS&Gouvêa de Souza, diz que a entrada da Le Biscuit no mundo digital é uma ótima notícia e aproxima a rede de seus concorrentes. "A entrada no comércio eletrônico é apenas o primeiro passo de uma série de transformações que esse processo representa", diz ele. "Estamos falando de mudança de cultura, de pessoal e de inovação."
Apesar da crise econômica que assolou o Brasil nos últimos anos, Lee diz que o grupo foi bem sucedido em aproveitar as oportunidades, expandir as operações e melhorar os processos de abastecimento e logística. "Conseguimos ser mais eficientes e agora estamos capitalizados para investir mais do que nunca, incluindo a agenda digital", afirma.
Até 2011, a rede - criada pelo baiano Aristóteles Santanna - tinha apenas 19 unidades na Bahia e em Sergipe. A receita anual somava R$ 190 milhões. Foi a partir daí que o armarinho fundado na Rua Sales Barbosa, centro popular de Feira de Santana (BA), começou um ambicioso plano de expansão incluindo Estados fora do eixo Nordeste.
A entrada da gestora Vinci Partners, que administra R$ 22 bilhões em ativos e tem participação em empresas como Burger King e Dominos, deu o fôlego necessário para a empresa experimentar novos mercados, a partir de 2012.
Além das novas lojas, a Le Biscuit também iniciou um programa de franquias, voltado para cidades com população entre 80 mil e 200 mil habitantes. Um projeto piloto foi iniciado há dois anos em duas cidades da Bahia. "A experiência foi muito boa e agora estamos ampliando o programa", diz ele. Nos próximos seis meses, dez lojas franqueadas serão abertas no Piauí, Maranhão, Pernambuco e Bahia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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