Movimentos para lançamento de ações no 2º semestre aceleram
Apesar de serem esperadas diversas aberturas de capital, as emissões de ações de empresas que já têm papéis na Bolsa devem seguir sendo destaque, para aproveitar a oportunidade mesmo em ambiente de maior volatilidade, por conta das preocupações com a economia mundial. As primeiras empresas que conseguirem colocar suas ofertas também se aproveitam de menor competição, devendo receber assim maior atenção por parte dos investidores.
Sinais semelhantes
Responsável pela área no Bradesco BBI, Alessandro Farkuh, afirma que as conversas com candidatas para emissões têm crescido, tanto com empresas que já tomaram a decisão em fazer a oferta quanto com aquelas que ainda consideram essa alternativa. "Ao longo de todo o ano estamos tendo discussões sobre ofertas, mas com a aprovação da reforma da Previdência na Câmara os debates se intensificaram", diz.
O cenário é parecido em outros bancos. "Estamos enxergando de setembro até o fim do ano uma aceleração muito grande tanto de abertura de capital e reemissões de ações", diz Pedro Mesquita, sócio da área de mercado de capitais da XP Investimentos.
Segundo Eduard Miras, responsável pelo banco de investimento do Citi no Brasil, a movimentação deve seguir em alta, mesmo depois do quadro acelerado no primeiro semestre. Isso porque o ambiente de juros baixos no País deve atrair mais recursos para investimentos em renda variável, como as ações. Elas têm mais risco, mas também mais potencial de dar maior retorno ao investidor. "Temos mapeadas emissões de US$ 6 bilhões a US$ 8 bilhões de setembro e dezembro", diz. O volume pode crescer caso o plano de vendas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem em carteira mais de R$ 100 bilhões em renda variável, avance.
Entre janeiro e agosto, as ofertas de ações somaram R$ 55 bilhões, com grande peso para vendas de participações detidas por governo ou estatais. Entre elas, estão as ofertas do ressegurador IRB Brasil Re, da Petrobrás e da BR Distribuidora.
Para Alessandro Zema, presidente do Morgan Stanley no Brasil, o clima de entusiasmo prossegue. "A oportunidade deve ficar aberta por um bom período", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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