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Índia se diz ainda comprometida a "não ser a primeira a usar" armas nucleares

16/08/2019 11h36

Por Sanjeev Miglani

NOVA DÉLI (Reuters) - A Índia se atém ao seu compromisso de "não ser a primeira a usar" armas nucleares, mas as diretrizes futuras dependerão da situação, disse o ministro da Defesa do país nesta sexta-feira, o que analistas disseram ter introduzido certa ambiguidade em uma doutrina de segurança nacional crucial.

A Índia se declarou uma potência detentora de armas nucleares depois de realizar testes subterrâneos em 1998, e o rival de longa data Paquistão reagiu com seus próprios testes pouco depois. Desde então, especialistas nucleares dizem que os rivais vêm desenvolvendo armas nucleares e mísseis para lançá-las.

Em uma visita a Pokhran, local situado no oeste da Índia que sediou os testes nucleares, o ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, prestou homenagem a Atal Behari Vajpayee, falecido primeiro-ministro e líder reverenciado dos hindus nacionalistas governistas, por tornar o país uma potência nuclear.

"Pokhran é a área que testemunhou a determinação firme de Atal Ji de transformar a Índia em uma potência nuclear e ainda assim continuar firmemente comprometida à doutrina de 'não ser a primeira a usar'", disse.

"A Índia se atém estritamente a esta doutrina. O que acontece no futuro depende das circunstâncias."

À época dos testes, a Índia disse precisar de um elemento dissuasivo contra a China, já detentora de armas nucleares, mas também se preocupa há tempos com as capacidades nucleares do Paquistão.

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