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Esquenta disputa pela liderança social-democrata na Alemanha

16/08/2019 16h44

Olaf Scholz, ministro das Finanças e atual vice-chanceler federal alemão, é o primeiro nome de peso a se lançar para liderar o SPD, partido parceiro de coalizão dos democratas-cristãos de Merkel.Segundo relatos publicados na imprensa alemã nesta sexta-feira (16/08), o ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, planeja se lançar à liderança do Partido Social-Democrata (SPD), parceiro das legendas conservadoras União Democrata Cristã (CDU), da chanceler federal Angela Merkel, e União Social Cristã (CSU) na coalizão de governo.

Se confirmado que o também vice-chanceler federal da Alemanha disputará a liderança do partido, ele será o primeiro peso-pesado dos social-democratas a entrar na corrida, em meio a mais de uma dezena de candidatos relativamente desconhecidos.

Segundo a revista alemã Der Spiegel, Scholz teria comunicado a decisão em telefonema aos líderes interinos do partido, Malu Dreyer, Manuela Schwesig e Thorsten Schaefer-Guembel.

"Estou preparado para concorrer ao cargo, se vocês me quiserem", teria dito Scholz. Segundo a Spiegel, porém, ele prefere concorrer com um parceiro de chapa, e já estaria em busca de um nome. O ministro não teria planos de deixar o gabinete de Merkel após se lançar como candidato.

A atitude marcaria uma mudança de postura por parte de Scholz, pouco tempo depois de ele dizer que não concorreria, alegando problemas de tempo. O motivo da reviravolta, segundo a Spiegel, seria o fato de que nenhuma outra figura de peso ter demonstrado intenção de se candidatar à liderança, o que poderia enfraquecer ainda mais a legenda no âmbito federal.

Outras figuras do partido também anunciaram suas candidaturas, algumas delas em parceria. Nesta sexta-feira, o secretário do Interior do estado da Saxônia, Boris Pistorius, e a secretária da Integração do mesmo estado, Petra Köpping, confirmaram que vão disputar a liderança. Ralf Stegner, atual vice-líder do partido, e Gesine Schwan, que dirige o Comitê de Princípios Fundamentais do SPD, também devem concorrer em conjunto.

O prazo para registro de candidaturas se encerra em 1º de setembro, dia das eleições regionais em dois estados do leste do país, Brandemburgo e Saxônia, onde se estima que o SPD deva sofrer duras derrotas. A eleição para a liderança do partido será decidida numa convenção em dezembro.

O SPD tem sido parceiro de coalizão das conservadoras cristãs CDU/CSU em sucessivos governos encabeçados por Merkel, desde 2005. Nas eleições gerais de 2017, o partido sofreu uma amarga queda de 5,2 pontos percentuais em relação ao pleito anterior.

RC/dpa/afp

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