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Ex-ministro Eliseu Padilha deixa a UTI após sofrer hemorragia cerebral

16.jun.2016 - O ex-ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha - Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo
16.jun.2016 - O ex-ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha Imagem: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo
do UOL

Luciano Nagel

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

23/07/2019 15h24Atualizada em 23/07/2019 17h32

O ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo de Michel Temer (MDB), Eliseu Padilha (MDB), 73 anos, sofreu uma hemorragia cerebral superficial - um tipo mais brando de AVC (Acidente Vascular Cerebral) - na última quinta-feira (18), na cidade de Porto Alegre. Em nota, o diretório do PMDB no Rio Grande do Sul confirmou a informação.

O político foi internado no Hospital Moinhos de Vento, na capital gaúcha, e hoje de manhã deixou a UTI (unidade de terapia intensiva) após cinco dias.

De acordo com clínico intensivista, Dr. Nilton Brandão, Eliseu Padilha ''o quadro do paciente é estável. No momento, ele está em fase de recuperação'', com previsão de alta para o quarto ainda nesta terça-feira.

Na quinta-feira, Padilha estava trabalhando em seu escritório, em Porto Alegre, quando se sentiu mal e relatou fortes dores de cabeça. A mulher dele o levou ao hospital. O emedebista foi submetido, então, a um procedimento cirúrgico para colocar um dreno na cabeça.

Em janeiro deste ano, Padilha passou por um transplante de medula no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, para erradicar um mieloma múltiplo.

Acusações durante o governo Temer

Eliseu Padilha foi o principal braço-direito do ex-presidente durante o governo Temer, mas esteve envolvido em polêmicas e acusações.

Quatro meses depois de assumir a pasta, foi acusado pelo ex-ministro da Advocacia-Geral da União Fábio Medina Osório de querer abafar a Operação Lava Jato, fato esse negado pelo emedebista. Já em dezembro do mesmo ano, em um acordo de delação premiada, o ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho citou mais de 40 vezes o nome do ministro. De acordo com o delator, o próprio presidente Michel Temer incumbiu Padilha de operacionalizar pagamentos de campanha.

Em fevereiro de 2017, Padilha apresentou alguns problemas de saúde. Na ocasião, tirou uma licença saúde para tratar um problema de obstrução urinária, que depois o levou a passar por uma cirurgia de próstata. Após o procedimento, apresentou complicações pós-operatórias, obrigando-o a permanecer mais tempo do que o esperado no hospital.

Recentemente, no início do mês de julho de 2019, o ex-ministro Eliseu Padilha foi absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de Porto Alegre em julgamento de apelação em uma ação por improbidade administrativa. Padilha havia sido denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposta atuação de empresas dele na obtenção e manutenção do Certificado de Entidade Assistencial (Cebas) pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), o que garantia a esta imunidade tributária. O MPF já entrou com o recurso de embargos de declaração contra o resultado.

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