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EUA aumentam condições para vistos de investidores estrangeiros

23/07/2019 21h47

Washington, 24 Jul 2019 (AFP) - Investidores estrangeiros que quiserem obter uma permissão de residência permanente nos Estados Unidos terão agora que aplicar mais dinheiro no país, segundo uma reforma no sistema de concessão de visto criticado por uma parte da classe política americana.

O programa EB-5 foi criado em 1990 pelo governo americano para estimular a economia do país -que à época estava em crise- mediante a criação de postos de trabalho e de investimento de capital estrangeiro.

Permite obter uma autorização de residência permanente, o famoso "green card", em troca de um investimento de um milhão de dólares numa empresa que também deve criar pelo menos dez empregos no país, ou 500 mil dólares numa área rural ou economicamente deprimida.

De acordo com o texto apresentado pelo Departamento de Segurança Interna (DHS), o piso de investimento subiu para 900 mil dólares em áreas rurais ou com uma alta taxa de desemprego e para 1,8 milhão de dólares em áreas de "alto emprego".

A reforma deve ser publicada no diário oficial nesta quarta-feira e deverá entrar em vigor no final de novembro.

O senador republicano Chuck Grassley, que defendeu a reforma, comemorou sua adoção ao afirmar que esta medida "não só irá trazer mais integridade para nosso sistema de imigração, como também trará novos aportes de emprego nos Estados Unidos".

Grassley criticou o programa atual dizendo que desviava "investimentos de áreas rurais e economicamente frágeis" e apresentava riscos para a segurança nacional.

Em maio de 2017, a irmã de Jared Kushner, genro e assessor do presidente Donald Trump, falou sobre a emissão desse visto para potenciais investidores durante uma apresentação comercial da empresa imobiliária familiar na China.

Nicole Kushner Meyer também mencionou o nome do irmão enquanto buscava um investimento de 150 milhões de dólares para um projeto imobiliário de luxo em Nova Jersey.

A menção do nome de Jared Kushner causou preocupação com uma possível violação das regras de conflito de interesses. As empresas Kushner emitiram um pedido de desculpas.

A seguir, a senadora democrata Dianne Feinstein, denunciou que era um programa onde "o visto e a cidadania estão a venda" e que "era explorada pelos corretores imobiliários para financiar seus projetos".

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