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Trump reitera que EUA derrubaram drone iraniano e eleva tom das ameaças

19/07/2019 15h16

Washington, 19 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta sexta-feira que a Marinha americana derrubou um drone iraniano no estreito de Ormuz, algo que o Irã nega, e advertiu que, se os líderes desse país fizerem algo "imprudente", pagarão "um preço que nunca ninguém pagou".

"Não há nenhuma dúvida. Nós o derrubamos", disse Trump durante uma reunião no Salão Oval com dois dos astronautas que participaram da histórica missão à Lua há quase meio século, Buzz Aldrin e Michael Collins.

"Espero, pelo seu bem, que não façam nada imprudente. Se fizerem, pagarão um preço como o que ninguém nunca pagou", acrescentou.

Os Estados Unidos asseguraram nesta quinta-feira que seu navio de assalto anfíbio USS Boxer tinha derrubado um drone iraniano por realizar uma manobra "hostil" ao sobrevoar o estreito de Ormuz, onde, segundo Trump, chegou "muito perto" da embarcação americana e ignorou "múltiplos" avisos.

As autoridades iranianas negaram hoje que tenham perdido algum drone, mas Trump reiterou sua posição e pediu ao seu assessor de segurança nacional, John Bolton, que lhe respaldasse na sua afirmação durante o ato no Salão Oval.

"Não há dúvida que este era um drone iraniano", declarou então Bolton.

Por sua vez, o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, tinha ironizado essa possibilidade na sua conta oficial do Twitter, na qual escreveu:" Me preocupa que o USS Boxer tenha derrubado seus próprios aviões não tripulados por erro".

Por outro lado, Trump também disse que não está preocupado com a possibilidade de que haja um enfrentamento militar com o Irã no golfo Pérsico.

"Não, em absoluto. Temos a melhor gente do mundo, os melhores equipamentos do mundo. Temos os melhores navios, os mais mortíferos. Não queremos ter de usá-los, mas são os mais mortíferos jamais concebidos", ressaltou.

A tensão escalou notavelmente no golfo Pérsico nos últimos meses, elevando os temores de um confronto armado, mas Trump já deu indícios que prefere não optar pela via militar.

Os EUA veem com receio o crescente uso de aviões não tripulados pelo Irã e seus aliados no Oriente Médio, assim como a influência da potência xiita, mas Teerã defende que se trata de sua região e não a de Washington que, mesmo assim, conta com uma grande presença militar na área.

De fato, devido à crescente tensão, os EUA enviaram também ao golfo Pérsico o porta-aviões USS Abraham Lincoln, o navio de assalto anfíbio USS Arlington, um sistema de mísseis Patriot e quatro aviões bombardeiros B-52. EFE

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