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Terrorista em fuga cometeu atentado perto de Universidade de Cabul

19/07/2019 06h41

Cabul, 19 jul (EFE).- Um homem-bomba que estava viajando em um veículo carregado de explosivos e fugiu da polícia, que o tinha identificado, cometeu nesta sexta-feira o atentado perto da Universidade de Cabul, na capital do Afeganistão, deixando pelo menos nove mortos e 33 feridos.

"A informação inicial mostra que o objetivo do ataque não era a universidade (...) O veículo estava sendo perseguido pela polícia e o agressor foi forçado a detoná-lo na estrada", afirmou à Agência Efe, o porta-voz da polícia de Cabul, Firaraws Faramarz.

O ataque ocorreu às 7h10 (hora local), perto da entrada sul da universidade.

Segundo o porta-voz, agora "está claro que foi um ataque suicida" e se não fosse pela pressão das forças de segurança, que impediram o insurgente de atingir o alvo de seu ataque, "poderia ter sido mais mortal".

"Ainda estamos investigando quem pode estar por trás do ataque e qual era o objetivo", disse Faramarz.

O número de vítimas agora é de nove, incluindo o agressor, e o de feridos está em 33, de acordo com o último balanço fornecido em um comunicado do porta-voz do Ministério da Saúde Pública, Wahidullah Mayar.

Em comunicado posterior, o Ministério do Interior afegão explicou que entre as vítimas há um policial de trânsito e o resto das vítimas são civis, acrescentando que, de acordo com as informações iniciais, o dispositivo explosivo estava preso a um carro.

Até o momento nenhum grupo insurgente reivindicou a autoria do atentado.

O último grande ataque em Cabul ocorreu no dia 1º deste mês, quando pelo menos 11 pessoas foram mortas e 65 ficaram feridas, incluindo nove crianças, em uma operação do Talibã com bomba e um posterior tiroteio a um edifício do Ministério da Defesa.

Esse atentado aconteceu no meio das conversas entre uma delegação talibã e representantes dos Estados Unidos, no Catar, na sétima rodada de reuniões sobre negociações de paz para o Afeganistão.

Os dois lados buscam uma saída para quase duas décadas de conflito armado no país asiático, embora até agora os talibãs tenham se recusado a sentar-se à mesma mesa com o governo afegão. EFE

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