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China afrouxará mais a política monetária, mas economiza munição para potenciais choques, dizem fontes

19/07/2019 09h48

Por Kevin Yao

PEQUIM (Reuters) - A China vai manter ao alcance todas suas ferramentas de política econômica à medida que a guerra comercial com os Estados Unidos se torna mais longa e custosa, mas ainda vê ações mais agressivas como último recurso, caso a disputa se torne mais intensa, disseram fontes.

Conseguir evitar uma desaceleração econômica mais acentuada continua a ser a prioridade de Pequim, embora as autoridades tenham medo de que um afrouxamento excessivo possa alimentar dívidas e riscos financeiros, de acordo com assessores do governo envolvidos em discussões internas sobre política monetária.

O Politburo, um dos principais órgãos de decisão do Partido Comunista, deve se reunir neste mês para discutir questões econômicas e políticas para o restante de 2019.

Com exceção de um colapso comercial ou outro choque, as opções mais prováveis para impulsionar o crescimento nos próximos meses incluem mais gastos fiscais e injeções de liquidez pelo banco central em várias formas, disseram as fontes, com base em medidas semelhantes tomadas ao longo do último ano.

Mas os mercados financeiros podem estar mais focadas no que a China sinalizará em agosto, caso o Federal Reserve dos EUA corte os juros como amplamente esperado em 31 de julho.

Embora um corte do Fed dê à China mais espaço para se movimentar, possivelmente com um corte simbólico de seu juros de curto prazo, fontes disseram à Reuters que não há urgência, observando que já existe ampla liquidez no sistema financeiro e afirmando que medidas de estímulo anteriores estão mostrando sinais acerto.

"A política monetária deve ser um pouco mais flexível, devemos cortar os juros após o Fed, mas a taxa de referência não é muito útil", disse uma delas.

Mas uma segunda fonte disse que o banco central ainda pode cortar os juros de referência se as condições econômicas se deteriorarem acentuadamente.

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