EUA aplica sanções à 'rede de enriquecimento nuclear' iraniana
Washington, 18 Jul 2019 (AFP) - Os Estados Unidos impuseram nesta quinta-feira sanções econômicas contra uma rede internacional acusada de fornecer equipamentos para o programa de enriquecimento nuclear do Irã, país que Washington acusa de querer montar uma bomba atômica.
As sanções, adotadas com base na luta contra a proliferação de armas de destruição em massa, foram aplicadas a sete empresas - sediadas no Irã, China e Bélgica - e a cinco iranianos vinculados à Companhia de Tecnologia Centrífuga do Irã (TESA).
Esta empresa tem um "papel crucial no programa de enriquecimento nuclear de urânio pela produção de centrífugas" para a Organização de Energia Atômica do Irã (OEAI), segundo o departamento americano do Tesouro.
"O governo americano está profundamente preocupado com o enriquecimento de urânio do regime iraniano e com outras atitudes provocadoras, e continuará punindo todos os que apoiam o programa nuclear iraniano", declarou Steven Mnuchin, secretário do Tesouro.
Entre as empresas dedicadas ao comércio e transporte de produtos de alumínio necessários para a fabricação das centrífugas estão a iraniana Bakhtar Raad Sepahan e a chinesa Henan Jiayuan Aluminum Industry.
Segundo as autoridades americanas, estes produtos não podem ser vendidos ao Irã sem a autorização do Conselho de Segurança da ONU.
Em maio de 2018, o governo de Donald Trump se retirou unilateralmente do acordo nuclear internacional firmado com Teerã três anos antes, e estabeleceu uma série de sanções econômicas para pressionar o Irã.
Em resposta, o Irã passou a ignorar certas cláusulas do acordo, incluindo o limite de urânio enriquecido autorizado para produção pela República Islâmica.
cyj/elm/lr
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