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China pede que cidadãos reduzam consumo de óleos, açúcar e sal

Bloomberg News

18/07/2019 06h49

(Bloomberg) -- O governo chinês pediu que a população reduza o consumo de óleos comestíveis, açúcar e sal, como parte de uma campanha nacional para minimizar riscos à saúde. A China é a maior consumidora mundial de óleo de soja, processado a partir de grãos importados, e o país que mais usa açúcar no mundo, depois da Índia.

A meta da China para o consumo diário de óleos é de até 25-30 gramas por adulto até 2030, abaixo da média de 42,1 gramas em 2012, disse Ding Gangqiang, responsável pelo Instituto Nacional de Nutrição e Saúde, em conferência de imprensa esta semana, que coincidiu com o lançamento da campanha "Ação por uma China Saudável".

"Um comportamento alimentar sem moderação, especialmente a maior ingestão de sal, óleos comestíveis e de açúcar são os principais fatores que prejudicam a saúde das pessoas", disse Zhang Zhiqiang, diretor do departamento da Comissão Nacional de Saúde da China, na mesma conferência. Dietas insalubres podem levar à obesidade, diabetes, derrame e problemas cardíacos, entre outras doenças, disse.

Frituras são muito consumidas na China. Peixe e carne fritos em óleo de pimenta-malagueta são populares em restaurantes. O consumo de óleo de soja no país aumentou mais de quatro vezes desde a virada do século, e o país também é o terceiro maior consumidor de óleo de palma.

A China tem como meta a ingestão diária de sal de menos de 5 gramas por pessoa até 2030, comparada a uma média de 10,5 gramas em 2012, e o consumo de açúcar recomendado é de até 25 gramas em relação à quantidade atual de 30 gramas. Os refrigerantes doces são os culpados pela alta taxa de obesidade entre os jovens, disse Ding, do Instituto Nacional.

Os limites serão recomendados em restaurantes, escolas, instituições e nos lares, enquanto empresas de alimentos deverão exibir as recomendações nas embalagens, disse Ding.

To contact Bloomberg News staff for this story: Shuping Niu em Beijing, nshuping@bloomberg.net

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