Boeing calcula custo do veto ao uso do 737 MAX em US$ 4,9 bilhões
Nova York, 18 jul (EFE).- A Boeing afirmou nesta quinta-feira que as proibições de uso dos aviões do modelo 737 MAX em quase todo o mundo, como consequência dos graves acidentes na Indonésia e na Etiópia, custarão US$ 4,9 bilhões aos cofres da empresa no segundo trimestre deste ano.
A fabricante divulgará seus resultados na próxima quarta-feira e disse em comunicado que continua trabalhando com as autoridades de vários países para suspender o veto ao uso das aeronave.
A expectativa da Boeing é conseguir autorizações para que os modelos 737 MAX voltem a ser usados nos Estados Unidos e em outros países no último trimestre de 2019.
"A Boeing registrará um custo após impostos de US$ 4,9 bilhões (US$ 8,74 por ação), vinculado às estimativas de potenciais concessões e outras considerações com os clientes pelos problemas relacionados com a paralisação dos 737 MAX e os atrasos nas entregas", explicou a companhia.
Apesar de o valor ser incluído como custo nos próximos resultados que serão divulgados, a Boeing explicou que as compensações aos clientes serão feitas ao longo de "vários anos" e terão diferentes valores.
A Boeing também afirmou que a diminuição no ritmo de produção dos 737 MAX representou um custo de US$ 1,7 bilhões no segundo trimestre.
Segundo a Boeing, o relatório que acompanhará os resultados financeiros na próxima quarta-feira incluirá a informação sobre um "aumento gradual" da taxa de produção dos 737 de 42 para 57 mensalmente em 2020.
A previsão para entrega das aeronaves produzidas durante da paralisação é de "vários trimestres depois da volta do serviço".
Devido à incerteza sobre o retorno das operações dos 737 MAX, a Boeing disse que deve modificar as estimativas de resultados para o conjunto do ano, inalteradas até então, o que deve gerar reações na bolsa de valores.
O diretor-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, reiterou que o foco da empresa é garantir a segurança da aeronave e explicou que reconhecer o impacto financeiro da paralisação ajudará a companhia a enfrentar outros riscos no futuro. EFE
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