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Como líder da Coreia do Norte usou "navio fantasma" para ter limusines

Reuters
Imagem: Reuters
do UOL

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Em São Paulo

17/07/2019 16h33

Vítima de embargos econômicos, a Coreia do Norte possui diversas dificuldades comerciais nos dias de hoje. O país não consegue importar e exportar para praticamente nenhum outro país do mundo por estar sob sanção da ONU desde o ano de 2006 por conta de seu programa nuclear.

No entanto, Kim Jong-Un, tem sido visto frequentemente andando em limusines da alemã Mercedes-Benz. O que é bastante estranho, já que no cenário político atual o líder da Coreia do Norte não poderia adquirir um automóvel de luxo como este.

Tentando solucionar este mistério, o jornal norte-americano The New York Times conseguiu traçar o caminho percorrido para que os carros chegassem até a Coreia do Norte. Segundo a publicação, duas limusines blindadas Mercedes-Benz S 600 Pullman Guard usadas foram levadas ao país em um roteiro de viagem para lá de incomum.

Os carros saíram da Holanda em dois contêineres em junho do último ano a bordo de um navio cargueiro que ia para a China. Com as limusines permanecendo no navio após 41 dias de viagem, o cargueiro foi para o Japão em agosto. No mês seguinte ele atracou no porto de Busan, na Coreia do Sul

Lá, os carros foram para um navio russo, que logo após a saída desligou seu transponder e reapareceu no mesmo ponto 18 dias depois... sem os carros.

O "navio fantasma" partiu para a cidade russa de Vladivostok, onde, segundo a publicação, os carros foram retirados. No dia 7 de outubro, dois cargueiros norte-coreanos foram até a cidade russa, onde pegaram os carros e os levaram para Pyongyang - capital norte-coreana.

O navio, quando retornou à Coreia do Sul, levava apenas carvão.

Um destes dois carros foi utilizado neste ano, no mês de abril, quando o ditador foi a Vladivostok para um encontro com o presidente russo Vladimir Putin. Antes disso, em janeiro, Kim Jong-Un apareceu em um vídeo oficial da Coreia do Norte a bordo de um dos carros também.

Tudo isso prova que, apesar do embargo internacional, a Coreia do Norte ainda consegue se abastecer atualmente com alguma facilidade.

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