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Collins homenageia Armstrong em comemoração dos 50 anos da missão Apollo 11

16/07/2019 14h04

Cabo Canaveral (EUA), 16 jul (EFE).- O astronauta Michael Collins, um dos três participantes da missão Apollo 11, a primeira viagem tripulada à Lua que completa 50 anos nesta terça-feira, rendeu uma homenagem ao já falecido Neil Armstrong, ao afirmar que ele foi o "melhor" comandante que sua equipe poderia ter.

Collins fez essa declaração na plataforma onde aconteceu o histórico lançamento da missão em Cabo Canaveral, no nordeste da Flórida, onde também era esperada a presença de seu companheiro Buzz Aldrin, de 89 anos, que acabou não comparecendo por motivos que não foram explicados pela Nasa.

Para Collins, Armstrong, que morreu em 2012, era o astronauta mais inteligente, um grande engenheiro e a escolha "perfeita" para comandar a missão.

"(Armstrong) era muito inteligente, tinha uma formação extremamente ampla, de conhecimento científico e histórico", disse Collins durante uma entrevista exibida pela Nasa.

Nesta terça-feira, o astronauta de 88 anos também fez questão de destacar o desempenho de Armstrong como "porta-voz de três homens que tiveram o privilégio de orbitar a Terra".

"Fez um trabalho superlativo como comandante da tripulação. Não há queixas ali (...) foi magistral, um grande orador", detalhou Collins sobre o primeiro ser humano a pisar na superfície da Lua.

"Ele era uma pessoa introvertida (...), não queria segurar o microfone, mas, quando estava à frente dele, podia usá-lo com uma destreza maravilhosa", elogiou o veterano astronauta.

Além das homenagens a Armstrong, o astronauta aproveitou o momento para louvar o papel das mulheres na nova era espacial, especificamente no programa Artemis da Nasa para colonizar a Lua e Marte.

"Adoro a palavra Artemis, a gêmea de Apolo. Acho que é um nome maravilhoso e, mais importante que o nome, é um conceito maravilhoso. Acredito que as mulheres podem fazer qualquer coisa que os homens possam fazer no espaço", destacou Collins.

Por fim, o astronauta respondeu com um contundente "não" quando foi perguntado se tinha se sentido o homem mais solitário do espaço enquanto seus dois companheiros caminhavam pela superfície lunar.

"Quando eu estava sozinho, desfrutava de um café perfeitamente agradável, um café quente, e podia ouvir música se quisesse", disse Collins, que acrescentou que já tinha pilotado aviões sozinho algumas vezes.

"Foram mais ou menos 40 minutos de paz e tranquilidade, e desfrutei da calma", concluiu o astronauta. EFE

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